Ministra determina que Mauro Cid e Lawand compareçam à CPI de atos golpistas
Cármen Lúcia assegurou que sejam acompanhados por advogados e não sejam obrigados a produzir provas contra si mesmo
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, e o tenente-coronel Jean Lawand Jr. compareçam à CPI mista dos Atos Golpistas, mas permitiu que eles permaneçam em silêncio.
Cid pediu ao STF para não ser obrigado a comparecer à comissão. Já Lawand queria ficar em silêncio na comissão. Cármen Lúcia determinou que os dois compareçam, mas assegurou que sejam acompanhados por advogados e não sejam obrigados a produzir provas contra si mesmo. Ambos foram convocados como testemunhas, ou seja, são obrigados a comparecer e dizer a verdade.
Entre os temas que devem ser abordados na CPI, estão as mensagens em tom golpista trocadas entre Mauro Cid e Jean Lawand Junior.
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Depois de apreender o celular de Cid na operação que apura fraudes em cartões de vacina, a Polícia Federal encontrou no aparelho conversas entre os dois falando sobre a decretação de um golpe no país, após as eleições do ano passado.
Em algumas das mensagens, Lawand fala a Mauro Cid que Bolsonaro “não pode recuar agora” e que ele precisava “dar a ordem” para as Forças Armadas colocarem em prática uma estratégia para evitar a posse de Lula na Presidência da República. Após a descoberta das conversas, o Exército suspendeu a nomeação de Jean Lawand Junior para um posto diplomático nos Estados Unidos.
(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).
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