Lula é alvo de protesto de deputados em Portugal e presidente do Parlamento cobra respeito; veja
Onze parlamentares do partido de extrema-direita Chega protestaram durante o pronunciamento do presidente do Brasil
Durante seu pronunciamento no Parlamento português, nesta terça-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi alvo de protestos de 11 deputados do partido de extrema-direita Chega. Santos Silva, do Partido Socialista (PS), presidente do Parlamento, pediu que o petista interrompesse o discurso e cobrou respeito dos políticos que se manifestavam. "Chega de insultos, chega de envergonhar as instituições, chega de envergonhar o nome de Portugal", declarou.
Sem mencionar o partido Chega, Lula encerrou seu discurso dizendo: "Que deus abençoe Portugal, abençoe o Brasil, e viva a liberdade e a democracia. E não ao fascismo político e injusto".
A presença do mandatário brasileiro no Parlamento português ocorre por ocasião das comemorações pelo 49º aniversário da Revolução dos Cravos, que marca queda da ditadura de António de Oliveira Salazar, em Portugal, no dia 25 de abril de 1974.
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Em seu pronunciamento, Lula afirmou que há uma onda crescente de ideologias extremistas. “Elas reduzem o espaço para o diálogo e a empatia, propagam o ódio e constrangem a expressão de nossa humanidade".
Ele também defendeu a ampliação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e afirmou condenar a violação da integridade territorial da Ucrânia. "Acreditamos em uma ordem internacional fundada no respeito ao Direito Internacional e na preservação das soberanias nacionais. Ao mesmo tempo, é preciso admitir que a guerra não poderá seguir indefinidamente. A cada dia que os combates prosseguem, aumenta o sofrimento humano, a perda de vidas, a destruição de lares. As crises alimentar e energética são problemas de todo o mundo. Todos nós fomos afetados, de alguma forma, pelas consequências da guerra. É preciso falar da paz. Para chegar a esse objetivo, é indispensável trilhar o caminho pelo diálogo e pela diplomacia.", declarou.
Lula afirmou que o diálogo é necessário para resolver conflitos nacionais e internacionais. "Quem acredita em soluções militares para os problemas atuais luta contra os ventos da história. Nenhuma solução de qualquer conflito, nacional ou internacional, será duradoura se não for baseada no diálogo e na negociação política", declarou.
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