Inquéritos sobre joias e cartão de vacina de Bolsonaro estão na reta final, diz diretor da PF
Diligências que apuram uma possível tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 devem ser concluídas até julho
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que os inquéritos do órgão envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão na reta final e devem ser concluídos nos próximos meses. Em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira, 5, Rodrigues detalhou a previsão de conclusão dos inquéritos envolvendo as joias sauditas, as fraudes no cartão de vacinas e a possível tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
A PF está investigando se Jair Bolsonaro se apropriou indevidamente de joias milionárias dadas pela Arábia Saudita ao governo brasileiro, um esquema revelado pelo Estadão. Segundo Rodrigues, a finalização da apuração está prevista para o fim de junho.
Jair Bolsonaro já foi indiciado por fraudes em seu cartão de vacinação. A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou apurações complementares e a versão final do relatório, acrescida das mudanças, também está em vias de conclusão. "Havia ainda pendências da cooperação internacional. Nossa equipe retornou recentemente dos Estados Unidos com os dados e informações que entendeu que são suficientes. Portanto, se encaminha para a análise final e relatório dessa etapa de investigação", disse o diretor-geral da PF.
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As diligências que apuram uma possível tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 devem ser concluídas até julho, segundo Rodrigues. A investigação faz parte de uma ação que tramita em sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF). É neste inquérito que se insere a Operação Tempus Veritatis, deflagrada em fevereiro contra aliados próximos a Jair Bolsonaro, além do próprio ex-presidente.
"Garanto que se houver a participação de qualquer pessoa, ela será apontada e apresentada", disse Andrei Rodrigues. À PF, cabe o indiciamento ou não dos investigados, enquanto o encaminhamento da denúncia compete ao Ministério Público. O eventual julgamento, por sua vez, é atribuição do Judiciário. No tocante a Jair Bolsonaro, este caminho passa pela PGR, a cúpula do Ministério Público e, em caso de julgamento, pelo STF, pela prerrogativa de foro especial.
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