'Em nenhum momento falei sobre golpe', diz coronel Jean Lawand Júnior à CPMI de 8 de janeiro
Por decisão do STF, Lawand poderia ficar em silêncio durante depoimento, mas ele disse que está a disposição para responder às perguntas dos parlamentares
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro deste ano, ouve na manhã desta terça-feira (27) coronel do Exército Jean Lawand Júnior. Ele presta esclarecimentos sobre as mensagens de teor golpista trocadas com o ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid. Apesar do Supremo Tribunal Federal (STF) ter permitido que Lawand ficasse em silêncio, por entender que ele não é obrigado a produzir provas contra si mesmo, o coronel se colocou a disposição para responder às perguntas dos parlamentares.
Durante seu depoimento, ele negou ter falado ou incentivado um golpe de Estado. "Afirmo aos senhores que em nenhum momento falei sobre golpe, atentei contra a democracia brasileira ou quis quebrar, destituir, agredir qualquer uma das instituições", disse.
"Vou explicar cada uma delas (mensagens), mas mais importante: preciso que considerem a minha essência, o que fiz minha vida toda como pai de família, bom militar e aquele que quer bem do Brasil", continou.
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Ele afirma que sua função no Exército "é burocrática" e que "não tinha motivação, capacidade ou força para fazer qualquer atentado ou motivar pessoas a fazê-lo".
"Fui infeliz. Minha colocação foi muito infeliz, não tenho contato com ninguém do Alto Comando. Não deveria tê-la feito", declarou Lawand.
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