Cueca de golpista vira ‘prova’ em pedido de impeachment: 'típica vestimenta de revolucionário'

Deputado bolsonarista alegou suposta omissão do presidente e dos ministros na invasão das sedes dos Três Poderes

Emilly Melo
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O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) citou como “prova”, no pedido de impeachment do presidente Lula, a cueca usada por Antônio Cláudio Alves Ferreira preso depois de ser filmado destruindo o relógio de Dom João VI — como suposta omissão do atual governo na invasão das sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro. O documento foi apresentado nesta quinta-feira (2) ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). 

“Ocorre que o perfil característico dele destoa sobremaneira do perfil característicos dos cidadãos patriotas que ficaram 70 dias seguidos em manifestação, pois (1) vestia a camisa do Presidente, o que por consenso foi vedado nas manifestações; (2) tem duas passagens na polícia por tráfico de drogas, a qual o ex-presidente Jair Bolsonaro sempre combateu e cujos traficantes, sabidamente, são contra; (3) a forma de utilizar a calça, aparecendo a cueca, é típica vestimenta de revolucionários e não de cidadãos conservadores e patriotas”, alega o deputado no pedido de impeachment.

O documento relaciona argumentos para demonstrar uma suposta omissão de Lula e dos ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio, em ações para evitar os atos de vandalismo. 

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Entre as alegações, Jordy afirma que houve a participação de chamados “false flags”, que seriam pessoas de fora do movimento que estariam infiltradas para iniciar a baderna. 

(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política)

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