Vândalo filmado destruindo relógio de Dom João VI no Palácio do Planalto é preso em Minas Gerais
Antônio Cláudio Alves Ferreira era considerado foragido pelo Ministério da Justiça
Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 30 anos, foi preso nesta segunda-feira (23), na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais. Ele é o homem que foi filmado ao derrubar e destruir o relógio do século 17, feito pelo francês Balthazar Martinot, que estava nas dependências do Palácio do Planalto durante os ataques ao local ocorridos no último dia 8 de janeiro, em Brasília.
Na ocasião dos atos de vandalismo, golpistas invadiram o Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto. O artefato histórico destruído foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI. Balthazar Martinot era o relojoeiro do rei francês Luís XIV.
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Após o ocorrido, o Ministério da Justiça passou a considerar o homem como foragido. Segundo informações confirmadas pela Polícia Federal à TV Anhanguera, Antônio vai ser levado à sede da Polícia Federal, em Uberlândia, e depois à Brasília.
Buscas
Antônio é morador de Catalão, município de Goiás. Depois que ele teve a identidade confirmada, a Polícia Civil encontrou um carro registrado em seu nome. Com base nos dados e comparando às imagens de câmeras de segurança, a corporação descobriu que o veículo dele estava em Brasília no dia do ataque.
As investigações apontam, ainda, que no dia 8, por volta das 20h, o carro saiu do Eixo Monumental e, às 23h, foi visto saindo da capital federal. Já na madrugada do dia 9, às 4h30, o carro foi visto entrando em Catalão.
Quando Antônio chegou na cidade goiana, na madrugada do dia 9, a Polícia Civil percebeu que o veículo dele não circulou pela cidade até o dia 16 de janeiro, quando foi visto em movimento até o dia 18, data em que ele foi filmado pela última vez. Conforme os registros, ele foi visto circulando em Catalão pela manhã daquele dia.
Histórico
Antônio Cláudio Alves Ferreira já tinha pelo menos três processos criminais na Justiça de Catalão e foi preso duas vezes. Todos os processos relacionados a ele estão arquivados atualmente porque ele cumpriu as sentenças. Abaixo, veja os processos no Tribunal de Justiça de Goiás:
- Ano de 2014 - TCO art 147 (ameaça);
- Ano de 2014 - TCO art 147 (ameaça);
- Ano de 2015 - Processo envolvendo a propriedade de um automóvel;
- Ano de 2017 - prisão flagrante - art 33 (tráfico drogas).
Passagens pela polícia
A Polícia Civil de Catalão levantou os registros contra Antônio Cláudio, nesta semana, após ele ser identificado. Veja:
- 2014 - Prisão em flagrante pelo crime de receptação, previsto no artigo 180, do Código Penal;
- 2014 - Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por ameaça, crime previsto no artigo 147;
- 2014 - Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) previsto no artigo 28 da Lei de Drogas (LD). O artigo versa sobre comprar, guardar ou portar drogas sem autorização para consumo próprio. as penas são advertência sobre os efeitos das drogas e prestação de serviços à comunidade;
- 2017 - Prisão em flagrante por tráfico de drogas, artigo 33 da LD. Neste caso, o processo foi arquivado em 2018, após ele cumprir a sentença judicial.
O registro de prisão por receptação, de 2014, consta no sistema da polícia, segundo o delegado Jean Arruda, mas ele não foi encontrado pelo Judiciário.
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