CPMI de 8 de Janeiro: Fotógrafo da Reuters relata ameaças durante invasão ao Palácio do Planalto

Jornalista disse que foi treinado para lidar com situações extremas: 'Minha postura foi profissional, dadas as circunstâncias daquele momento'

O Liberal

Na terça-feira (15), durante a audiência da CPMI de 8 de Janeiro, o fotógrafo Adriano Machado, da agência Reuters, compartilhou sua experiência na cobertura dos eventos de 8 de janeiro, revelando que enfrentou ameaças durante a invasão ao Palácio do Planalto e foi compelido a apagar parte das imagens que havia capturado.

Adriano relatou: "Chegaram a ameaçar me jogar de cima e disseram que me agrediriam se eu não saísse." Ele destacou que enquanto estava no mezanino, um indivíduo armado com um teaser o intimidou a descer.

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A solicitação para a presença do repórter na audiência foi feita por parlamentares de oposição, incluindo Eduardo Girão (Novo-CE), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Izalci Lucas (PSDB-DF), Delegado Ramagem (PL-RJ), Marcos do Val (Podemos-ES) e Pastor Marco Feliciano (PL-SP).

Adriano enfatizou para o colegiado que certos grupos têm deturpado seu trabalho e que ele não agiu de forma "irregular". Ele explicou: "Minha atuação envolveu fotografar e documentar. Não reconheci aquelas pessoas, nem antes, nem depois. Ameaças me fizeram apagar as fotos, sem opção. Como fotojornalista da Reuters, fui treinado para lidar com situações extremas. Minha postura foi profissional, dadas as circunstâncias daquele momento."

Empresa defende fotógrafo

A agência internacional de notícias Reuters emitiu uma nota defendendo o funcionário. “O fotojornalista da Reuters que cobriu o ataque ao Palácio do Planalto em Brasília no dia 8 de janeiro havia passado a manhã cobrindo um protesto pacífico. Posteriormente, ele testemunhou um grande grupo de manifestantes subindo a rampa principal do palácio e os seguiu para documentar o desenrolar dos acontecimentos. Nós defendemos a sua cobertura, que foi imparcial e de interesse público”, afirmou a empresa.

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