CPI das ONG’s retoma trabalhos em agosto com depoimento de deputada indígena
Deputada indígena e jornalista que investigou organizações ambientais serão ouvidos por senadores
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação de Organizações Não-Governamentais (ONG’s) no país já tem data para retomar os trabalhos após o período de recesso do Poder Legislativo. A próxima reunião está marcada para 1º de agosto e contará com a oitiva de dois convidados. São eles: a deputada federal Sílvia Waiãpi (PL-AP) e o jornalista e escritor Lorenzo Carrasco.
O requerimento para o convite da deputada federal foi feito pelo próprio presidente da CPI das ONG’s, senador Plínio Valério (PSDB-AM), que destaca que a parlamentar pode fornecer informações relevantes sobre os trabalhos dessas entidades na região amazônica.
LEIA MAIS:
“Sabe-se que a deputada, que é indígena, conhece profundamente a população indígena do Amapá, por onde se elegeu deputada federal. Além disso, a nação Waiãpi passou por conturbado processo de demarcação de seu território e é alvo constante de conflitos motivados por interesses externos, que tem sido estudados pela deputada”, justifica o senador no requerimento.
Já o jornalista Lorenzo Carrasco é autor do livro "Máfia Verde: o ambientalismo a serviço do governo mundial” e foi convidado pelo senador Márcio Bittar (União Brasil-AC), que avalia que os dados contidos na publicação ajudam a compreender como essas organizações agiriam internamente em conformidade com uma agenda de interesses externos. “A participação do autor, Sr. Lorenzo Carrasco, será de vital importância para que a Comissão conheça os fatos e possa verificar o grau de interferência das organizações no processo de tomada de decisão do país”, afirma.
A CPI das ONG’s foi instalada no Senado Federal no último dia 14 de junho e conta com a participação de 11 parlamentares e sete suplentes. A Comissão tem prazo de 130 dias para apurar a destinação de recursos públicos aplicados desde o ano de 2002 até 1º de janeiro de 2023. As suspeitas envolvem suposta concentração desses recursos em atividades-meio, desvirtuamento dos objetivos de ação dessas entidades, casos de abuso de poder, aquisição de terras e intervenção em funções do poder público.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA