Centrais sindicais se reúnem em ato político-cultural pelo Dia do Trabalhador em Belém

Em evento realizado na Praça da República, grupos reivindicaram questões como aposentadoria digna, emprego decente e valorização dos servidores

Elisa Vaz
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Um ato político-cultural promovido por sete centrais sindicais na manhã desta quarta-feira (1º), Dia do Trabalhador, na Praça da República, em Belém, reuniu centenas de pessoas. O objetivo do encontro foi apresentar reivindicações por melhores condições de trabalho e de vida digna aos paraenses. O tema o ato 1º de Maio Unificado, neste ano, foi “Por um Brasil Mais Justo”, destacando seis bandeiras de luta: emprego decente; correção da tabela do Imposto de Renda; juros mais baixos; valorização do serviço e dos servidores públicos; salário igual para trabalho igual; e aposentadoria digna.

Presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil Seccional Pará (CTB-PA), Cleber Rezende destacou que o evento foi nacional, convocado pelo Fórum das Centrais Sindicais. O conjunto de pautas em defesa de um Brasil mais justo se deu porque o grupo compreende a necessidade de avançar na garantia de direitos, valorização de salários e melhores condições para a classe trabalhadora.

image Para o presidente da CTB-PA, Cleber Rezende, é preciso avançar na garantia de direitos e valorização de salários dos trabalhadores (Wagner Santana / O Liberal)

“Precisamos de mais investimentos para gerar emprego e renda, redução dos juros e investimento em desenvolvimento nacional, gerando oportunidade, reindustrialização e o direito da implementação da lei do salário igual para trabalho igual entre homens e mulheres. É um conjunto de pautas que nós estamos hoje, neste 1º de maio de 2024, defendendo aqui em Belém do Pará, na Praça da República”, pontuou.

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A presidente da Central Única dos Trabalhadores Seccional Pará (CUT-PA), Vera Paoloni, explicou que o Dia do Trabalhador vai além de uma celebração, mas é um dia de luta e de resistência, porque ressalta a luta pela desigualdade de renda. “A maioria da população economicamente ativa no Estado ganha até um salário mínimo, e o Pará é um dos estados que mais produzem riqueza. Essa produção de riqueza tem que se transformar em renda, trabalho decente e emprego decente para quem mora e quem vive aqui”, defendeu.

Ela classificou o evento como “muito vibrante e participativo”. “Considero que nós estamos em um ano bom, porque teremos o próximo semestre de muitas lutas, e em 2025, com a COP 30, precisamos mostrar a força da classe trabalhadora”, destacou. Além da CTB e da CUT, participaram do ato as centrais Força Sindical, União Geral de Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Intersindical e Pública.

Prefeito fala da data

Para o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol), que esteve na manifestação na Praça da República, o 1º de maio é um dia que homenageia a classe trabalhadora, mas também é um dia de luta. “O mundo inteiro passa por transformações que são muito negativas para os que vivem do trabalho. O lucro é acumulado por um número cada vez menor de empresas. São muitos bilhões e bilhões que vão provocando ao mesmo tempo a miséria, o subemprego, o subsalário. De modo que reunir no 1º de maio todas as centrais sindicais, representando todos os que vivem do trabalho, é de fundamental importância para mostrar que o futuro depende da unidade dos trabalhadores, da luta organizada e consciente. Não tem saída”, afirma.

image No Dia do Trabalhador, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, falou sobre a importância de os sindicatos se unirem (Wagner Santana / O Liberal)

O chefe do Executivo municipal criticou a desoneração de impostos sobre a folha de pagamento, em tramitação atualmente no país. Segundo Rodrigues, essa medida aumentaria ainda mais o lucro das grandes empresas. “Quem paga esses R$ 18 bilhões que o governo vai deixar de arrecadar? Os mesmos que pedem ajuste fiscal e cumprimento de teto de gastos retiram quase R$ 20 bilhões dos cofres públicos em um ano, inviabilizando as políticas de saúde, de educação, de aumento do salário mínimo e de aumento de salários. Pensam, portanto, em inviabilizar a dignidade dos que vivem do próprio trabalho para favorecer uma minoria”.

A mobilização contou com atrações culturais, incluindo show da banda da Guarda Municipal de Belém, Arraial do Pavulagem e MC Dourado, e serviços de cidadania da Prefeitura de Belém, apoiadora do ato.

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