Bolsonaro veta faixas contra adversários em ato marcado para o dia 25

Ex-presidente é investigado e não deseja acirrar conflitos especialmente com Alexandre de Moraes

O Liberal
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O ex-presidente Jair Bolsonaro instruiu os apoiadores a não levarem faixas ou cartazes contra os opositores. Em vez disso, a orientação é usar apenas roupas verde-amarelas. Isso porque Bolsonaro é investigado por suposta participação em uma tentativa de golpe contra a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, sendo o objetivo do ato do dia 25 demonstrar força política sem agravar ainda mais a sua situação. Isso significa evitar insultos ou provocações especialmente contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Em setembro de 2021, também na Avenida Paulista, Bolsonaro dirigiu palavras duras a Moraes, chamando-o de "canalha" e recusando-se a obedecer suas decisões judiciais. 

"Este ministro do Supremo continua desafiando aquilo que nós não toleramos. Ou ele se ajusta ou pede para sair", declarou Bolsonaro sobre Moraes na ocasião. E em meio à multidão, acrescentou: "O tempo dele acabou. Saia, Alexandre de Moraes. Deixe de ser canalha. Nosso povo já não tem mais paciência. Não podemos aceitar um sistema eleitoral que não garante nenhuma segurança."

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Após ser declarado inelegível e enfrentar investigações por suposta conspiração contra o Estado, Bolsonaro busca capturar uma "imagem" do apoio que ainda mantém um ano após deixar a Presidência. Ele expressou que prefere demonstrações de apoio concretas do que meros discursos.

O convite para o evento foi amplamente divulgado nas redes sociais na noite de segunda-feira, dia 12, por aliados que já estão cogitando reunir mais de 500 mil pessoas na Avenida Paulista. A manifestação, declarada como uma defesa do estado democrático de direito, também tem o propósito de pressionar políticos que buscam o respaldo do ex-presidente para as eleições de 2024 ou que foram eleitos em 2022 com a bandeira bolsonarista, como é o caso do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), e do governador paulista, Tarcísio de Freitas, a tomarem uma posição definida.

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