Bolsonaro diz que Michelle tinha gastos com coisas como 'absorvente e manicure'
Ele também diz que Michelle teria os comprovantes das compras pessoais
Na tarde desta quinta-feira (18), o ex-presidente Jair Bolsonaro justificou os gastos da esposa, Michelle Bolsonaro, pagos em dinheiro vivo, com compras com itens como "absorvente, uma roupinha para a filha, manicure e cabeleireiro". A declaração do ex-presidente foi feita durante uma conversa com a imprensa em Brasília, na tarde desta quinta-feira (18).
De acordo com o ex-presidente, Michelle teria os comprovantes das compras pessoais de todos os anos do mandato dele. "Ela tem quatro calhamaços de notas fiscais de todas as contas pessoais feitas por nós, em 2019, 2020, 2021 e 2022", afirmou Bolsonaro.
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"Me parece que a própria Polícia Federal viu [as notas fiscais] para ter certeza", disse o ex-presidente ao fazer menção à investigação sobre os gastos.
Michelle teria apresentado os comprovantes a uma revista durante uma entrevista que, segundo Bolsonaro, "vai ser mostrado [...] no fim de semana". Bolsonaro também se queixou das acusações que recaem sobre Michelle.
"Quando mexe com familiar, minha esposa, no caso, é um negócio muito pessoal. Ela deu uma entrevista muito grande, [para] uma revista muito grande, que vai ser mostrado aqui o que ela falou, no fim de semana. Ela até desconhecia, uma organização enorme o [inaudível] dela. Ela tem quatro calhamaços de notas fiscais de todas as contas pessoais feitas por nós em 2019, 2020, 2021 e 2022. Me parece que a própria Polícia Federal viu para ter certeza. Só que as compras dela é (sic) absorvente, uma roupinha para filha, manicure, cabeleireiro"
Denúncias
No final de semana, o colunista Aguirre Talento, do UOL, revelou áudios obtidos pela PF mostrando que despesas da primeira-dama eram pagas em dinheiro vivo. A defesa de Bolsonaro descartou irregularidades e afirmou que os pagamentos eram reembolsos à amiga Rosimary Cardoso Cordeiro. Michelle usava o cartão de Rosimary porque não teria limite de "crédito" em seu nome, afirmaram os advogados.
Os advogados também sustentaram que o cartão evitaria "constrangimentos", ao invés de utilizar um cartão em nome de Bolsonaro. "Meu marido sempre foi muito pão-duro", disse Michelle a Fábio Wajngarten, advogado e assessor de Bolsonaro.
Como funcionava: a dona Michelle fazia pequenas compras e reembolsava mês a mês a Rosemary. Quando chegava a fatura, a Rosemary dizia: 'o cartão adicional deu mil, dois mil, 300, 800...", disse Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro.
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