BNDES doa R$ 3,3 bilhões ao Fundo Amazônia

Presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, fez o anúncio após a reunião de reinstalação do Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa)

O Liberal
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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, anunciou, nesta quarta-feira (15), que o Fundo Amazônia, do qual o BNDES é gestor, recebeu R$ 3,3 bilhões em doações.

le deu a notícia em entrevista coletiva, após reunião de reinstalação do Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa) na sede do banco, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (15).

O titular do BNDES informou que o total no Fundo atinge R$ 5,4 bilhões, sendo R$ 1,8 bilhão para operações já contratadas. Para Aloísio Mercadante, o grande desafio a partir de agora, é “sair do modelo predatório para o modelo sustentável na Amazônia”, afirmou ele.

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Sobre o recurso doado ao Fundo, ele explicou que R$ 853 milhões serão liberados para operações de comando e controle. Nesse aspecto, o grande beneficiário é o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Cerca de R$ 253 milhões irão para ordenamento territorial e R$ 244 milhões, para projetos de ciência e tecnologia.

Desmatamento e negacionismo

De acordo com Mercadante, todos os governadores da Amazônia Legal mandaram representantes à reunião. Para o presidente do BNDES, não houve, na história recente do Brasil, outra gestão que tivesse como objetivo acelerar o desmatamento no Brasil como, em sua palavras, “aconteceu no governo negacionista em que nós estávamos”, referindo-se ao de Jair Bolsonaro (PL).

“Hoje, temos crime organizado armado, garimpo, com muito mais presença na região”, disse. “É um desafio muito grande responder à emergência social”, afirmou Mercadante, citando ainda a emergência social de fome e doença pelo qual passa o povo Yanomami.

Retomada de 14 projetos

“O BNDES vai priorizar os 14 projetos que estavam no pipeline [mapa do fundo Amazônia] para retomar”, afirmou. “Em um segundo momento, faremos novos ajustes para dar salto de qualidade em projetos estruturantes”, completou.

Além de Mercadante, participaram da coletiva a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, o ministro de Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira; e o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli.

BNDES reinstala Comitê do Fundo Amazônia (COFA), paralisado desde 2018

Antes da coletiva citada, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social promoveu a reinstalação do Comitê Orientador do Fundo Amazônia (COFA) com a presença do presidente Aloizio Mercadante, da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e de outras autoridades.

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Encontro entre os dois líderes deve tratar de temas ligados ao meio ambiente e à defesa da democracia. A Alemanha é a a principal doadora do Fundo Amazônia, parado desde 2019.

A reunião foi o primeiro encontro desde 2018, após o restabelecimento da governança do Fundo Amazônia pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 1º de janeiro deste ano. No encontro foram discutidas as ações para a retomada das atividades do fundo e as prioridades para atuação, informou o BNDES.

Recursos dos EUA e Noruega

Na última sexta-feira (10), o Ministério das Relações Exteriores divulgou comunicado que confirma a intenção dos Estados Unidos de aportar recursos no Fundo Amazônia, mantido por países como Noruega e Alemanha. O comunicado conjunto, emitido após visita de Lula ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, não estipula valores, mas fala em fornecer “apoio inicial” ao fundo para alavancar investimentos na região.

Criado em 2008, o Fundo Amazônia foi congelado em 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (PL). O programa tem como objetivo captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal.

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