'Batendo cabeça sem necessidade', diz Paulo Rocha sobre divergências quanto à exploração de petróleo

O atual superintendente da Sudam criticou as divergências a respeito do debate sobre a pesquisa e exploração do petróleo na Margem Equatorial

Elisa Vaz
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Em entrevista à reportagem de O Liberal, o novo superintendente da Sudam, ex-senador Paulo Rocha, criticou as divergências que têm ocorrido no governo federal em relação à exploração de petróleo na região da Foz do Amazonas. Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende a atividade, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, se posiciona contra a exploração. No último dia 17, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) indeferiu o pedido da Petrobras para realizar atividade de perfuração marítima na bacia da Foz do Amazonas.

“Quanto à exploração do petróleo, claro que somos favoráveis, e o próprio Ministério do Meio Ambiente está revendo, a partir do recurso que a Petrobras fez, para que a gente crie as condições. A Petrobras é dotada de experiência, tecnologias e de ciência capazes de explorar uma riqueza do subsolo do mar a partir da tecnologia desenvolvida pela própria Petrobras. Ela tem autoridade, porque, desde quando explora no litoral do Sul e Sudeste, não teve nenhum desastre ambiental, e essa segurança temos também para a Amazônia”, enfatiza o ex-senador.

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Ele comentou que, quando soube da decisão do Ibama, ligou diretamente para o presidente Lula, criticando os atritos. “De novo o governo bate cabeça internamente sem necessidade. Quando apresentar um projeto para a sociedade, já tem que vir definido pelo governo como um todo”, pontuou, à reportagem. Rocha destacou, ainda, que está chegando ao comando da Pasta “só agora” por questões políticas. “O governo de composição do nosso país é difícil de compor. São 16 partidos, da primeira vez que Lula ganhou eram só cinco, a roda ainda está travada”, disparou.

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