Ato do MST e Frente Feminista na Alepa termina em confusão com a PM; Justiça Militar abriu inquérito
Mulheres que participavam do ato organizado pela Frente Feminista afirma que foram recebidas com spray de pimenta
Uma marcha organizada pela Frente Feminista do Pará com mulheres do campo e da cidade acabou em confusão, na frente da Assembleia Legislativa do Estado (Alepa). De acordo com o Movimento Sem Terra do Pará (MST), cerca de duas mil mulheres participavam do ato. No entanto, como relatam, foram reprimidas por seguranças do Poder Legislativo e policiais militares. Há relatos de uso de spray de pimenta e de uma mulher que passou mal. O promotor de Justiça Militar, Armando Brasil, informou que abriu um inquérito para investigar a conduta dos policiais.
O ato começou no Largo do Redondo, na avenida Nazaré. Era uma manifestação alusiva ao Dia Internacional da Mulher. As manifestantes então saíram em marcha até a Alepa, onde toda a situação, que está sendo analisada pela Alepa e pela Promotoria de Justiça Militar ocorreu.
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Por nota, a Alepa informou que "ainda realizava a Sessão Solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher quando a Marcha das Mulheres chegou à sede do Legislativo. A caminhada, organizada pelo Movimento Feminista do Pará, contava com cerca de 200 pessoas – homens e mulheres – que já chegaram com ânimos exaltados e demonstrando a intenção de invadir o prédio. Alguns estavam com o rosto coberto, e a maioria portava bastões de madeira e batiam no corrimão e outras estruturas do prédio".
Ainda na nota, a Alepa comunicou: "Diante disso, a guarda militar, que tem por missão zelar pela ordem, proteção patrimonial, segurança e integridade física de Parlamentares, funcionários e visitantes, tentou conter o risco de invasão. Como a guarda estava em desvantagem numérica, foi necessário o uso de spray de pimenta – apenas um jato para o alto – para conter os manifestantes mais exaltados. Apenas uma manifestante passou mal durante o tumulto e a equipe de bombeiros militar prestou socorro imediato.".
"Com a situação controlada, uma comissão de manifestantes foi autorizada a entrar no prédio e foi recebida pelo presidente da Alepa, deputado Chicão, e pelos deputados Lívia Duarte, Maria do Carmo e Fábio Figueiras, no plenário Newton Miranda. A reunião transcorreu com tranquilidade e os representantes da Marcha das Mulheres entregaram documentos aos parlamentares, solicitando a realização de uma audiência pública com a participação do Governo do Estado para tratar das políticas públicas de interesse das mulheres", concluiu a nota da Alepa.
A Redação Integrada de O Liberal entrou em contato com a PM e aguarda retorno.
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