Ataque foi o 'Capitólio brasileiro', mas sem mortes e com mais presos, diz Flávio Dino
Ministro da Justiça também disse que reunião entre líderes do Poderes ratificou a necessidade de aplicação da lei
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse em entrevista, na tarde desta segunda-feira (9), que, apesar dos estragos causados por radicais no domingo (8), com invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, o "Capitólio brasileiro" não registrou mortes e teve mais gente presa. O ministro fez referência à invasão ao Capitólio, nos Estados Unidos, em 2021, por apoiadores do ex-presidente estadunidense Donald Trump. As informações são da Agência Estado.
"Deus abençoou ontem o Brasil, porque não houve nenhum morto, apesar da irresponsabilidade criminosa de quem instigou, financiou e praticou", disse, destacando duas diferenças: "não houve óbitos e há mais presos aqui do que lá, com muita velocidade, o que mostra que as instituições sobreviveram".
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O ministro dez críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Durante esses anos todos, o ex-presidente Bolsonaro e todos os que o seguem dirigiram frequentes ataques ao Supremo [Tribunal Federal]. O presidente da República exerce poderes materiais e simbólicos, entre os quais a força da palavra", afirmou.
Sobre a reunião entre os chefes dos três Poderes, na manhã desta segunda-feira, Dino destacou que foi um momento de solidariedade, e que houve "reconhecimento geral de que a lei deve ser fielmente cumprida".
O ministro ainda disse que a reunião se deu em ambiente "de muita indignação, inclusive porque vimos manifestação de ódio contra instituições que foram tão duramente atacadas nos últimos anos" e ressaltou que tal ódio começou nas redes sociais e foi materializado nos atos de vandalismo ocorridos ontem.
"Há pessoas, líderes políticos, responsáveis pelo discurso de ódio e pela destruição que nós vimos ontem na sede dos três Poderes visando golpe de Estado", disse o ministro Flávio Dino.
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