Augusto Aras decide pedir ao STF a abertura de um inquérito contra o ministro da Educação
Milton Ribeiro é suspeito de montar um gabinete paralelo com pastores na pasta, o que incluiria pedido de propina em ouro
O procurador-geral da República, Augusto Aras, decidiu pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro, suspeito de montar um gabinete com influência de pastores para distribuir recursos a determinados municípios de "prefeitos amigos". O documento está sendo elaborado e será assinado pelo pelo vice PGR, Humberto Jacques de Medeiros.
A acusação inclui pedidos de propina de um líder religioso a um prefeito para facilitar o acesso a recursos da pasta. Se o pedido for aceito e o inquérito aberto, devem prestar depoimentos os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, e o prefeito Gilberto Braga, de Luís Domingues (MA), que afirmou ter recebido um pedido de propina de Arilton. Além disso, serão solicitados áudios para perícia.
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O pedido do pastor ao prefeito teria sido de R$ 15 mil mais um quilo de ouro, segundo as informações dos repórteres Breno Pires, André Shalders e Julia Affonso na terça-feira (22). No dia em questão, o ministro da Educação admitiu, em uma gravação, favorecer os líderes religiosos a pedido do presidente Jair Bolsonaro. Por meio de uma nota, o ministro ignorou a gravação e não explicou a atuação dos pastores, mas disse que o presidente não pediu nenhum favorecimento.
(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política)
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