Alexandre de Moraes nega pedido de liberdade provisória do ex-ministro da Justiça Anderson Torres
Ministro afirma em sua decisão que Torres pode ter sido responsável pela operação da PRF para impedir que eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparecessem às urnas
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou mais um pedido de liberdade provisória feito pelo ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. Em sua decisão, Moraes afirmou que existem "fortes indícios" de que Torres teria participado da elaboração de uma "minuta golpista" encontrada em sua casa, além de supostamente ter sido responsável pela operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para impedir que eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparecessem às urnas.
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Moraes justificou sua decisão também com base na "conduta omissiva" de Torres em relação à permanência de manifestantes no Setor Militar Urbano (SMU) e seu possível envolvimento na autorização para que mais de cem ônibus se dirigissem ao local para praticar atos criminosos.
PGR pede revogação de prisão
A Procuradoria-Geral da República (PGR), por sua vez, defendeu a revogação da prisão preventiva de Torres na última segunda-feira, argumentando que, considerando o estágio das investigações, poderiam ser aplicadas medidas diversas, como o uso de tornozeleira eletrônica.
Antes de negar o pedido de liberdade, Moraes determinou que a Polícia Federal (PF) colhesse novamente o depoimento de Torres. A oitiva foi agendada para a próxima segunda-feira, dia 24, às 14h, na sede da PF em Brasília.
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