Anderson Torres 'chora constantemente' na prisão; defesa volta a pedir liberdade
Segundo advogados, desde que foi preso, o ex-ministro entrou em um estado de profunda tristeza
Defesa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, solicitou nesta segunda-feira (10), a revogação de sua prisão preventiva. O ex-ministro está preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito que investiga o papel de autoridades nos atos golpistas na Praça dos Três Poderes.
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O documento da defesa afirma que, desde que foi preso, o ex-ministro entrou em um estado de profunda tristeza, chora constantemente, mal se alimenta e já perdeu 12 quilos. Também menciona que a mãe dele passa por um tratamento de câncer e que as filhas passaram a receber acompanhamento psicológico.
Primeiro pedido foi negado por Alexandre de Moraes
O pedido de revogação da prisão preventiva é o segundo feito pelos advogados de Anderson Torres. O primeiro foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes no mês passado. Agora, o ex-ministro é representado por Eumar Novacki, Raphael Vianna de Menezes, Edson Smaniotto e Fábio Fernandez.
A defesa afirma que Anderson Torres tem bons antecedentes e não oferece periculosidade social. Outro argumento é que as medidas cautelares impostas contra outras autoridades, como o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e a prisão do ex-comandante da Polícia Militar do DF, Fábio Augusto Vieira, foram revogadas.
Defesa tenta rebater acusação de omissão
Segundo a defesa, as informações repassadas a Anderson Torres pelo setor de inteligência não apontavam a magnitude dos atos que ocorreriam. Para rebater a acusação de omissão, a defesa reiterou que um protocolo de ações integradas foi produzido com base nos dados disponibilizados até então.
"A medida de repressão adotada - necessária naquele momento - não mais se justifica na hodierna conjuntura. Deveras, passado o momento de maior inquietação, a verdade começa a se revelar e as investigações em curso já apontam para a ausência de qualquer conduta criminosa do ex-secretário Anderson", diz um trecho do documento.
A Secretaria de Segurança Pública, segundo a defesa, não tem como atribuição a execução de atividades operacionais, reiterando mais uma vez que não houve omissão por parte de Anderson Torres.
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