Alexandre de Moraes chama golpistas de ‘zumbis’ e defende nova regulamentação das redes sociais

Segundo o ministro do STF, pessoas passam por lavagem cerebral

O Liberal
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Nesta sexta-feira, 3, o ministro Alexandre de Moraes, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e integra o Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu a necessidade de novos mecanismos de regulamentação das redes sociais. De acordo com ele, as plataformas são usadas por populistas da extrema-direita para a prática de "lavagem cerebral". As informações são da Agência Estado.

"A responsabilização por abusos na veiculação de notícias fraudulentas e discurso de ódio (nas redes sociais) não pode ser maior nem menor do que no restante das mídias tradicionais", afirmou o ministro, que participou virtualmente do evento Brazil Conference Lisboa, promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide).

Segundo Moraes, a "lavagem cerebral" é uma estratégia posta em prática antes, de forma proposital, pela extrema-direita norte-americana, surgida após a Primavera Árabe, e transforma as pessoas em "zumbis". A Primavera Árabe foi um movimento popular de enfrentamento a regimes autoritários que se iniciou na Tunísia em 2010 e se espalhou por outras nações do Norte da África e Oriente Médio.

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O ministro destacou que a invasão às sedes dos Três Poderes por golpistas em 8 de janeiro foi uma lição para a necessidade de proteger a democracia de ataques internos, apontando a importância de mecanismos de formulação.

Ele mencionou dispositivos como a decretação de Estado de Sítio e de Estado de Defesa como proteções contra ameaças externas, mas alertou sobre políticos que tentam corroer a democracia por dentro. Como exemplo, ele citou a "minuta do golpe" encontrada na residência do ex-ministro Anderson Torres, que buscava se basear em legislação desse tipo para uma espécie de "intervenção" no TSE.

 Anderson Torres está preso em Brasília, acusado de participar da articulação dos eventos que vandalizaram a capital federal.

"Temos dispositivos para lidar com agressões externas à democracia, mas como tratar da corrosão da democracia quando isso vem de políticos populistas que atacam internamente as instituições?", questionou.

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