Naufrágio em Cotijuba: licitação será aberta para serviço de reflutuação da lancha, diz Segup
Menina de três anos desaparecida é a última vítima a ser encontrada. Família acredita que ela possa estar presa na lancha
No início da tarde desta quarta-feira, 14, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa (Segup) do Pará informou, por meio de nota, que o Estado está realizando os trâmites legais de licenças e licitação para que seja realizado o serviço de reflutuação da lancha "Dona Lourdes II", naufragada desde o dia 8 de setembro no rio próximo à Ilha de Cotijuba, em Belém. O içamento da embarcação pode ajudar a encontrar a última vítima.
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De acordo com a nota, a proprietária da embarcação alegou, em depoimento, que não tem condições de arcar com os custos de reflutuação. A Marinha do Brasil também já informou que não fará o serviço. Agora, a Segup aguarda os trâmites do Estado para que a lancha seja retirada do rio e possa passar por verificações em terra.
A Secretaria confirmou que, conforme o reclame de pessoas procuradas por familiares, uma criança de 3 anos, identificada como Sofia Loren, seria a última vítima do naufrágio a ser encontrada. Familiares da criança acreditam que ela esteja presa dentro da embarcação.
"Ela estava sentada próximo à sala de máquinas, a primeira parte da embarcação que foi para o fundo”, afirmou o pescador Néris Amaral, tio de Sofia, em entrevista ao site Notícia Marajó.
Até o momento foram contabilizados 66 sobreviventes, que receberam assistência psicossocial e foram ouvidos no trabalho investigativo. Das 23 pessoas procuradas por familiares e incluídas na lista de desaparecidos, 22 foram encontradas sem vida (13 mulheres, seis homens e três crianças).
Após os exames necessários, os corpos foram liberados para sepultamento, sendo que 15 foram levados para o Arquipélago do Marajó com o suporte do governo do Estado e sete corpos foram entregues aos familiares em Belém.
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