Naufrágio na Ilha de Cotijuba: criança pode ser a última desaparecida
Mergulhadores já conseguiram chegar à embarcação para as buscas, que chegam ao sétimo dia. A Segup solicita à Marinha a retirada da lancha do fundo da baía
Nesta quarta-feira (14), as buscas por vítimas do naufrágio da lancha ‘Dona Lourdes II’, nas proximidades da Ilha de Cotijuba, em Belém, chega ao sétimo dia. A embarcação afundou na quinta-feira passada, dia 8 de setembro, e a tragédia já contabiliza 22 mortos. De acordo com informações do portal Notícia Marajó, a Secretaria de Estado de Segurança Pública de Belém (Segup) acredita que falta resgatar apenas uma criança, identificada como Sofia Lorem. Ela seria a última da lista de reclamados por familiares.
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Familiares da criança acreditam que ela possa estar presa dentro da embarcação naufragada e têm esperança de que o corpo seja encontrado após a retirada da lancha do rio: “Eu não sei porque não fizeram o içamento. É um serviço simples, que até a gente, pescadores, pode fazer. Não sei porque eles, com toda a estrutura, não fizeram isso ainda. Ela estava sentada próximo à sala de máquinas, a primeira parte da embarcação que foi para o fundo”, afirmou o pescador Néris Amaral, que é tio de Sofia, ao Notícia Marajó.
Em resposta ao portal do interior, o secretário de segurança pública, Ualame Machado, disse que já teria solicitado à Marinha do Brasil a retirada da embarcação da água para que seja feita uma verificação em terra. Além disso, mergulhadores já estão vasculhando o interior da lancha.
““Há dois dias os mergulhadores estão vasculhando o interior da embarcação para localizar outros corpos, que possivelmente podem estar submersos. Logo conseguimos retirar o corpo de um homem que foi identificado e liberado para a família, e agora continuamos as buscas para resgatar a última vítima procurada pelos familiares, a criança Sophia Loren. Ressaltamos, mais uma vez, que as buscas são feitas diariamente, e não mediremos esforços para que a menina seja encontrada. A família recebe informações diariamente, por meio da equipe de atendimento psicossocial da Segup”, explicou o secretário.
Até o início desta quarta-feira (14), foram contabilizados 66 sobreviventes que já foram identificados e estão recebendo assistência psicossocial. Eles já foram ouvidos no trabalho investigativo. A Segup contabiliza também 22 mortos, 13 mulheres, 6 homens e 3 crianças. Destes, 15 foram levados para o Arquipélago do Marajó com o suporte do governo do Estado e sete corpos foram entregues aos familiares em Belém.
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