Naufrágio na Ilha de Cotijuba: buscas entram no 6º dia; há 22 mortos e 66 sobreviventes
Aparato no local do acidente engloba 15 mergulhadores, helicóptero e nove embarcações da Segup
Pelo sexto dia consecutivo, prosseguem as buscas pelas vítimas do naufrágio na Ilha de Cotijuba, em Belém, pela Baía do Marajó.As ações de busca e resgate após o naufrágio da embarcação "Dona Lourdes II" está sob o comando dos órgãos de Segurança Pública do Pará. Até o momento, 22 corpos foram resgatados e são 66 os sobreviventes.
O serviço começa às 5 horas da madrugada, com o deslocamento das embarcações com os agentes do Corpo de Bombeiros Militar para mergulhos diários. Equipes de 15 mergulhadores se revezam no local do naufrágio e no entorno, onde já foi possível localizar a embarcação e resgatar vítimas que estavam desaparecidas.
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Vítimas
Os 66 sobreviventes receberam assistência psicossocial e foram ouvidos no trabalho investigativo. Das 23 pessoas procuradas por familiares e incluídas na lista de desaparecidos, 22 foram encontradas. Após os exames necessários, os corpos foram liberados para sepultamento.
Até agora, são 22 óbitos (13 mulheres, seis homens e três crianças). Destes, 15 foram levados para o Arquipélago do Marajó, com o suporte do Governo do Estado, e sete corpos foram entregues aos familiares em Belém. Ainda conforme o reclame de pessoas procuradas por familiares, apenas uma criança continua desaparecida. A força-tarefa prossegue o trabalho de busca.
Na embarcação
“Estamos empregando todos os esforços nas ações de busca, assim como dando suporte aos sobreviventes e familiares de vítimas desde o dia do naufrágio. Além disso, há dois dias os mergulhadores estão vasculhando o interior da embarcação para localizar outros corpos, que possivelmente podem estar submersos. Logo conseguimos retirar o corpo de um homem que foi identificado e liberado para a família, e agora continuamos as buscas para resgatar a última vítima procurada pelos familiares, a criança Sophia Loren", afirma o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado.
O titular da Segup destaca que o foco nas buscas é encontrar a menina desaparecida. "A família recebe informações diariamente, por meio da equipe de atendimento psicossocial da Segup”, acrescentou Ualame Machado.
Nove embarcações do Grupamento Fluvial de Segurança Pública (Gflu) e do Grupamento Marítimo Fluvial (Gmaf) continuam as buscas. Um helicóptero do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp) também auxiliou na localização de corpos na superfície da baía.
Emersão
Paralelamente às ações de busca e resgate, foi solicitada à Marinha do Brasil a manobra de emersão da embarcação, para que após a retirada da água novas averiguações possam ser realizadas em terra.
Familiares de pessoas desaparecidas, vítimas ou sobreviventes, que necessitem de qualquer suporte podem procurar o Grupamento Fluvial na Rodovia Arthur Bernardes, n° 1000 (ao lado do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação - CIIR), onde serão atendidos por uma equipe multidisciplina. Esses técnicos fornecem informações e prestam serviços essenciais e assistência psicossocial. No local, também estão pertences das vítimas encontrados pelas equipes de buscas. Contatos podem ser feitos também pelo telefone da Defesa Civil do Estado do Pará, pelo número (91) 98899-6323.
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