Varíola dos macacos: doença ainda não foi detectada no Pará, diz Sespa

Autoridades alertam para o monitoramento dos sintomas

Camila Guimarães

Depois de mais um caso confirmado de monkeypox na região norte - doença conhecida como varíola dos macacos -, desta vez no estado do Amazonas, a Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa) torna a afirmar que a doença ainda não foi detectada no Pará e que as medidas de prevenção continuam sendo feitas por meio de capacitação de profissionais de vigilância em saúde e monitoramento da doença nos municípios. A nível nacional, o Ministério da Saúde anunciou que vai ativar um Centro de Operação de Emergências (COE), ainda nesta sexta-feira (29), para criar um Plano de Contingência Nacional.

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O terceiro caso de monkeypox no norte do Brasil foi confirmado na quarta-feira (27), pela Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES). O paciente seria um homem com idade entre 20 e 30 anos, morador de Manaus, que esteve em Portugal e começou a apresentar sintomas como febre, aumento dos linfonodos do pescoço, dor de cabeça, sensação de fraqueza, falta de energia, dor muscular e, posteriormente, erupção cutânea sugestivas de monkeypox. Os sintomas teriam começado no início deste mês.

Outros dois pacientes já haviam sido diagnosticados com a doença na região norte: um caso no Acre e outro no Tocantins, que foram confirmados na última segunda-feira (25), pelas respectivas Secretarias de Saúde.

De acordo com especialistas, a transmissão do vírus ocorre por meio do contato próximo com secreções respiratórias expelidas pelas pessoas infectadas durante o ato de tossir, falar ou espirrar. O vírus também pode ser contraído ao tocar nas secreções presentes nas bolhas que surgem no corpo ou em objetos contaminados. Em alguns casos foi relatado a presença de bolhas na região regital. Desta forma, a monkeypox também pode ser transmitida durante as relações sexuais.

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Até o momento, grande parte dos casos confirmados de monkeypox estão relacionados ao contato com pessoas que viajaram para o exterior. Por isso, especialistas orientam que pessoas que tiveram contato com alguém que chegou de viagem estejam atentas ao aparecimento de qualquer sintoma suspeito:

Nesses casos, deve-se procurar pela unidade de saúde mais próxima para que se proceda às medidas de bloqueio, que é a quarentena do indivíduo, a coleta de material para exame diagnóstico e o monitoramento daqueles que tiveram contato com aquele indivíduo.

Para se prevenir do vírus, é indicado lavar sempre as mãos com água e sabão ou álcool gel, usar máscaras de proteção ao sair de casa; consumir carnes bem cozidas, pois, mesmo que ainda seja de forma rara, a infecção pode ocorrer através do consumo de alimentos que estejam infectados pelo vírus.

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O Centro de Operação de Emergências (COE)

O Ministério da Saúde informa que farão parte do Centro de Operação de Emergências (COE), para criação do Plano de Contingência da monkeypox, representantes dos estados e municípios por meio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Além da Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa), a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) e o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fiocruz.

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Situação atual da doença no Brasil

Atualmente, o Ministério da Saúde contabiliza 978 casos confirmados no Brasil, a maior parte no estado de São Paulo (744), Rio de Janeiro (117), Minas Gerais (44), Paraná (19), Distrito Federal (15) e Goiás (13).

Outros 10 estados registram menor número de casos: Bahia (5), Ceará (4), Santa Catarina (4), Rio Grande do Sul (3), Pernambuco (3), Rio Grande do Norte (2), Espírito Santo (2), Tocantins (1), Mato Grosso (1) e Acre (1).

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