Veranistas paraenses não abrem mão de praia e sol em julho
Independente de longas distâncias e preços mais caros, terminais da capital seguem lotados
O Terminal Hidroviário de Belém estava bastante movimentado na manhã desta quarta-feira (7), entre chegadas, partidas e filas para quem ainda buscava passagens para aproveitar o verão.
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A designer de sobrancelhas Emily Gonçalves estava recém chegada de Salvaterra e carregava seis malas. Ela vai para Salinópolis, no nordeste paraense, no dia 10, e volta só no dia 24. Ela vai de transporte rodoviário e acredita que os preços estão juntos.
"Acho que os preços estão bons para esse mês de julho. É muita movimentação e muita gente então tem que aumentar um pouco o preço da passagem mesmo. De vez em quando minha família vai para lá e gosto de estar com eles", afirma ela, que pagou R$ 64 no bilhete de ida e vai deixar para comprar o de volta só no fim do mês.
Ela conta que se planejou para a viagem com bastante antecedência, pois escutou comentários de amigos de que tudo está mais caro em Salinópolis, especialmente a alimentação.
Julie Reis é estudante e estava indo visitar a família em Soure, pois segundo ela a capital paraense fica vazia em julho. "É muito lindo lá, tem praia. Vai ter um festival do dia 9 até o dia 30 e aí dá para ficar com a família e os amigos. Os preços são mais caros quando sai de Camará, mas saindo de Soure é mais barato. Paguei R$ 60 na ida da lancha, fora a van que vou ter que pegar até Soure, pois Camará fica em Salvaterra", diz.
Leandro Fontes fez um bate e volta para o distrito de Mosqueiro no último domingo e conta que gostou dos preços da barraca onde ficou. Segundo ele, por R$ 90 deu para comer um peixe frito de "ótima qualidade" com a noiva. O problema mesmo foi a gasolina: "mas não tem o que fazer. Acho que essa diminuição aí do preço da gasolina que estão prometendo deve dar uma ajudada. Se sair rápido vai movimentar bastante o verão lá para Mosqueiro", prevê.
Evelyn Ferreira veio de Parauapebas para curtir alguns dias em Barcarena com a mãe e a irmã e já planeja repetir a dose nos próximos finais de semana de julho. Ela é técnica de segurança e já estava voltando ao trabalho em Parauapebas, cidade que também fica vazia segundo ela nesta época.
"Sempre tem a expectativa de festa. Fomos para o clube duas vezes e para o igarapé em Barcarena. E é muito quente. Lá em Parauapebas não sou muito de sair e não tem praia, que é o chato", afirma a técnica em segurança. Ela pagou R$ 185 na passagem de volta, o que considerou justo. "Quando vim de lá para, cá paguei R$ 207 e a viagem não foi tão agradável", diz ela, enquanto se preparava para o embarque em um ônibus no Terminal Rodoviário de Belém.
Já o fisioterapeuta Carlos Mafra foi de carro até Bragança no último final de semana e está pensando em ir até Salinópolis ou Marudá no próximo. "Lá em Bragança estava movimentado e a gente saiu para comer em restaurante todos os dias. Acho que vale a pena e, sinceramente, não achei que os preços estavam salgados", afirma.
Segundo ele, não é viável ir de ônibus para as cidades do interior mais próximas de Belém, já que a oferta de transporte público ou por aplicativo é muito pequena. "Você gasta mais com a gasolina mas sabe que não vai passar sufoco, que vai ter como ir e voltar dos lugares. Estou querendo ir para Salinas e imagina estar lá sem carro. Infelizmente, não dá. Sem contar os gastos com comida e bebida. Se já está caro aqui, imagina lá. Não dá para ficar andando de táxi", conta.
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