Pará tem gasolina mais barata do Norte do País, aponta pesquisa
Levantamento do Ticket Log mostra que Região paga mais caro nos combustíveis, na comparação com os preços praticados nas demais regiões do Brasil
O Pará tem a gasolina mais barata do Norte do País, aponta pesquisa do Ticket Log divulgada nesta quarta-feira (4). O mesmo levantamento mostra que a Região apresentou o maior acréscimo do Brasil para o etanol e o maior preço médio para todos os combustíveis de março para abril.
SAIBA MAIS
Nos estados do Norte, o litro do etanol foi comercializado a R$ 5,07, após alta de 1,32%, se comparado a março. Já a gasolina fechou o período a R$ 6,22, com redução de 0,29%. O diesel comum foi encontrado a R$ 6,71, após recuo de 2,17%, e o S-10 a R$ 6,86, ficou 1,79% mais barato ante o mês anterior.
Já no Pará, o preço médio da gasolina no mês de abril foi R$ 6,01; etanol R$ 5,28; diesel comum R$7,05 e o S-10 R$ 6,86. A variação, de um mês para outro, foi de R$ 0,051 para a gasolina; - R$ 0,041 pro etanol; R$ 0,007 pro diesel comum e R$ -0,024 pro S-10.
Dentre as variações de preços por estado, o Pará teve a gasolina mais barata em março e abril. Roraima teve os combustíveis mais caros nos dois meses, aponta o levantamento.
Consumidores reclamam de preços praticados no Pará
Para o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Pará (Sindicam Pará), Eurico Tadeu Santos, os preços cobrados nos postos do Estado ainda pesam no bolso dos paraenses e prejudicam outros setores.
“O Norte sempre foi o filho bastardo do País. Aqui tudo é mais caro por causa da logística e com os combustíveis não é diferente. O pior é que, os gastos com transporte sempre são adicionados nos preços finais de todos os produtos. É por isso que o paraense paga caro nos alimentos, por exemplo. O preço da gasolina, etanol ou diesel impacta nos gastos de todo o resto”, comenta Eurico.
O motorista de aplicativo, Rogério Menezes, afirma que apesar da gasolina ser mais em conta no Pará, ainda está cara e prejudica os ganhos de quem trabalha na área. “Com o ICMS subindo de 17% para 19%, os combustíveis ficaram mais caros e não vemos esse imposto em obras e serviços de forma efetiva. Nossas estradas continuam ruins, ainda temos problemas com saúde, educação e saneamento e nós, que trabalhamos com transporte, perdemos parte do nosso lucro”, conta.
“Antes se eu abastecia R$ 80 de gasolina e conseguia fazer R$ 400,. Hoje, para fazer os mesmos R$ 400, eu tenho que gastar R$ 130, R$ 50 a mais. Esse valor poderia ser revertido para minha família, uma ajuda no supermercado, um lazer, mas não. Isso faz muita diferença no bolso do trabalhador brasileiro”, finaliza Menezes.
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