Recuo de preço dos combustíveis não alivia bolso dos consumidores em Belém
Na capital paraense, o litro da gasolina pode ser encontrado a R$ 5,19, enquanto o etanol, a R$ 4,69
Os preços dos combustíveis apresentaram um leve recuo nos primeiros dias de abril, de acordo com o Índice de Preços Ticket Log (IPTL). O preço médio do litro da gasolina e do etanol no Brasil apresentou a primeira redução do ano e em Belém, o litro da gasolina pode ser encontrado a R$ 5,19, enquanto o etanol, a R$ 4,69. Entretanto, a redução não alivia bolso dos consumidores da capital paraense.
SAIBA MAIS
Em um posto de combustíveis localizado no bairro do Marco, o vendedor de carros Vaildo Carneiro, 39, afirma que não sentiu a gasolina ficar mais barata. “Não percebi diferença de preço do combustível nas últimas semanas, mas o preço está razoável para o que estava há alguns meses. Porém, quanto mais baixo melhor, né? O que percebo, é que muda mais de bairro ou cidade. Tem alguns bairros que a gasolina está mais cara que aqui, onde está R$ 5,19”, conta.
O aposentado João Pedro, 68, concorda que os preços variam apenas entre os diferentes estabelecimentos, sem mudança nos valores de março para abril. “Os preços estão os mesmos, o que muda é de posto para posto. Acredito que essa questão está estabilizada, espero que não haja novos aumentos por aí. A coisa boa é que os postos estão aceitando cada vez mais o PIX no pagamento, o que antes muitos ainda não aceitavam”, diz.
A pesquisa
Segundo o levantamento, no período de 1º a 13 de abril, a gasolina foi vendida a R$ 5,85, representando um recuo de 0,48% em comparação ao fechamento de março. Já o litro do etanol foi comercializado a R$ 4,58 no início de abril, com redução de 0,40% na mesma base de comparação. Já o diesel, teve o preço de R$ 6,229, um recuo de 2%.
O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Estado do Pará (Sindicombustíveis - PA) informou que não reconhece a pesquisa, entretanto, reconhece a veracidade da redução dos custos em postos de combustíveis. “O Sindicombustíveis não realiza acompanhamento de preços, por vedação legal. Também não reconhecemos a pesquisa informada, nem temos conhecimento de seus dados. A única pesquisa oficial de preços no Brasil é a realizada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Há notícias circulando em ambos os sentidos”, comenta Pietro Gasparetto, advogado do Sindicombustíveis.
“É natural a variação de preço em cenários de oscilação do preço do petróleo e do dólar. Lembramos que no dia 1º de julho terá início a nova alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) unificada na gasolina, estipulado em R$ 1,45, ante a que hoje corresponde a R$ 1,05, majorando significativamente o tributo", finaliza.
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