Ponte que caiu entre Maranhão e Tocantins será implodida com 250 kg de explosivos neste domingo (2)
Acidente ocorreu em dezembro do ano passado; 14 corpos foram localizados durante as buscas
A implosão da estrutura do que restou da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), está marcada para a tarde deste domingo (2). A ponte desabou no dia 22 de dezembro de 2024, o que impediu o tráfego na rodovia entre os dois estados.
O Corpo de Bombeiros Militar e a Defesa Civil Municipal estão trabalhando em conjunto com a empresa responsável pela implosão, garantindo que o procedimento ocorra de forma eficiente e segura. As informações são da Agência Brasil.
Segundo os Bombeiros, para realizar a implosão serão utilizados explosivos estrategicamente colocados e superaquecimento das estruturas dos escombros. O perímetro de segurança do local da explosão tem mais de 2 km de distância tanto de Estreito quanto de Aguiarnópolis. Serão usados cerca de 250 kg de explosivos.
Técnicos realizaram visitas aos moradores próximos ao local da explosão para orientar sobre a evacuação da área como medida de segurança. No domingo haverá um isolamento preventivo da área de travessia do rio, evitando o tráfego de veículos e pedestres. A população será novamente orientada sobre a necessidade deixar a área para evitar acidentes.
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Implosão deverá durar 15 segundos
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que está tudo pronto para a realização da implosão da estrutura remanescente da ponte sobre o rio Tocantins, na BR-226/TO/MA, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). A operação está confirmada para às 14 horas deste domingo (2). Para a ação, foi desenvolvido um plano emergencial em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal, a Marinha do Brasil, a Defesa Civil, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e as prefeituras dos dois municípios afetados.
A implosão será por meio de fogo controlado - técnica que utiliza o calor intenso e explosivos estrategicamente posicionados para fragmentar formações rochosas – e deve durar cerca de 15 segundos. Para garantir a segurança da população do entorno, os técnicos responsáveis pela operação realizaram vistorias cautelares nas residências que estão no perímetro da área de segurança da implosão, em ambas as cidades. De acordo com as vistorias, apesar da necessidade de evacuação, uma medida preventiva de segurança, nenhuma residência será impactada.
O perímetro de segurança definido pelos responsáveis será de 2.148 metros em Estreito e de 2.136 metros em Aguiarnópolis. Além da evacuação, o tráfego de veículos também será interditado, inclusive no rio. A evacuação das moradias será realizada pelas prefeituras que vão informar a população sobre as restrições e a necessidade de saírem de casa durante a operação. Caso necessário, o DNIT fará novos informativos orientando a comunidade.
Após a implosão, as equipes da autarquia e do consórcio contratado para a construção da nova ponte vão fazer a limpeza da área e do Rio Tocantins. Os detritos oriundos da implosão são materiais inertes, ou seja, que não sofrem transformações físicas, químicas ou biológicas quando entram em contato com a água. Portanto, não são poluentes. Contudo, as equipes vão retirar estes detritos, que somam cerca de seis mil metros cúbicos ou 14 mil toneladas de concreto e ferragem. Esse material sólido será removido do local e encaminhado para o destino ambientalmente correto.
Durante as buscas, feitas pela Marinha, as equipes realizaram uma varredura minuciosa no leito do rio Tocantins, com o uso de embarcações, drones subaquáticos e aéreos, além de 64 mergulhadores especializados. O trabalho de resgate já localizou 14 vítimas mortas e um sobrevivente. Três pessoas seguem desaparecidas.
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