Em 1º discurso após vitória, Alcolumbre reforça compromisso com pacificação e união

Parlamentar foi eleito com 73 votos, terceira maior votação da história, para ocupar a Presidência do Senado brasileiro.

Jéssica Nascimento
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O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), eleito com 73 votos para a presidência do Senado, usou seu primeiro discurso após a vitória para enfatizar a necessidade de pacificação e união entre os parlamentares. Com a terceira maior votação da história para o cargo, ele reafirmou que seu objetivo não é o protagonismo, mas a construção de consensos que beneficiem a população brasileira.

"Não estou definitivamente em busca de protagonismo, não é isso que me move a estar aqui. Eu quero ser um catalisador do desejo deste plenário e ajudar a construir os consensos que forem necessários para melhorar a vida da população brasileira. É isso que deve nos guiar, mais do que o desejo pelo protagonismo", afirmou Alcolumbre em seu discurso neste sábado (1º).

Com a vitória, ele retorna à presidência do Senado pelos próximos dois anos, após já ter ocupado o cargo entre 2019 e 2021. Sua eleição confirmou o favoritismo ao derrotar os senadores Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE), após a retirada das candidaturas de Soraya Thronicke (Podemos-MS) e Marcos do Val (Podemos-ES) no início do dia.

Alcolumbre destacou que o amplo apoio recebido simboliza a unidade política do Senado. "Hoje, seis anos depois, com a unidade política de partidos que pensam diferente, o painel marca 73 votos para a nossa candidatura. E isso representa amplo respaldo político que este plenário está conferindo ao projeto coletivo que nós construímos juntos. Esse amplo apoio demonstra que o Senado Federal está unido", disse.

O senador também reforçou que seu mandato será pautado por decisões que beneficiem a população, mesmo que nem sempre agradem a todos. "Esse Senado não vai se omitir para tomar as decisões que melhorem as vidas das pessoas. Fazer com que as leis, o Estado ou o governo ajudem o cidadão e tornem a vida dele melhor, mais fácil e principalmente mais digna", declarou.

Apoiado por um amplo arco de alianças que incluiu dez partidos — entre eles, o PT e o PL —, Alcolumbre consolidou sua eleição com o respaldo do então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que esteve à frente da Casa nos últimos quatro anos. A candidatura de Marcos Pontes, por sua vez, foi lançada sem o aval do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Pouco antes do discurso de Alcolumbre, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o parabenizou pela eleição. "Parabéns ao senador Davi Alcolumbre pelo novo mandato na Presidência do Senado e do Congresso Nacional. Um país cresce quando as instituições trabalham em harmonia. Caminharemos juntos na defesa da democracia e na construção de um Brasil mais desenvolvido e menos desigual, com oportunidades para todo o povo brasileiro", disse Lula em nota oficial.

Além de já ter presidido o Senado, Alcolumbre manteve influência nos últimos anos ao comandar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), instância por onde passam as principais propostas legislativas. Sua posição estratégica na distribuição de emendas parlamentares também lhe garantiu forte influência política.

Sem ensino superior, Alcolumbre construiu uma trajetória discreta no Legislativo. Ele iniciou a vida pública como vereador em Macapá em 2000, conquistou uma cadeira de deputado federal em 2004 e permaneceu na Câmara até 2014, quando foi eleito senador pelo Amapá.

 

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