Entenda o que são cuidados paliativos, etapa atual do tratamento de Pelé
Objetivo é promover a qualidade de vida do paciente e de seus familiares através da prevenção e alívio do sofrimento
Cuidados paliativos são os cuidados de saúde ativos e integrais prestados à pessoa com doença grave, progressiva e que ameaça a continuidade de sua vida, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).O ex-jogador e tricampeão mundial, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, de 82 anos, passou a não responder mais ao tratamento quimioterápico que fazia desde setembro de 2021, quando foi operado de um câncer de intestino. Agora, ele recebe tratamento paliativo para aliviar a dor e a falta de ar
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O objetivo é promover a qualidade de vida do paciente e de seus familiares através da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce de situações possíveis de serem tratadas, da avaliação cuidadosa e minuciosa e do tratamento da dor e de outros sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais.
E, sempre que possível, deve ser iniciado o mais precoce. Podem vir associados ao tratamento com objetivo de cura da doença a fim de auxiliar no manejo dos sintomas de difícil controle e melhorar as condições clínicas do paciente.
À medida que a doença avança, mesmo em vigência do tratamento com intenção curativa, a abordagem paliativa deve ser ampliada visando também cuidar dos aspectos psicológicos, sociais e espirituais.
Na fase terminal do paciente, o tratamento paliativo se torna prioritário para garantir qualidade de vida
Na fase terminal, em que o paciente tem pouco tempo de vida, o tratamento paliativo se torna prioritário para garantir qualidade de vida, conforto e dignidade, acrescentou o Inca. A transição do cuidado com objetivo de cura para o cuidado com intenção paliativa é um processo contínuo, e sua dinâmica difere para cada paciente.
O Inca tem em seu complexo o Hospital do Câncer IV (HC IV), que é a unidade de cuidados paliativos do Instituto. Para os pacientes com melhor capacidade funcional e de deslocamento até o hospital são disponibilizadas as consultas no ambulatório, o que é ideal para a manutenção de sua autonomia e mobilidade.
A abordagem ao paciente e à família é feita por equipe multiprofissional
Aos que já apresentam uma capacidade funcional comprometida - e, que por isso, são impedidos de comparecer ao hospital, é ofertada a assistência domiciliar. Para os pacientes que não têm indicação de assistência domiciliar, após avaliação e não têm condições de se deslocar até o hospital, é oferecido o ambulatório à distância, que estabelece parceria com a unidade de saúde próxima do paciente.
Em situações agudas, o paciente tem à sua disposição o serviço de emergência para atendimento presencial e orientações por telefone. Nos casos em que são necessários o monitoramento dos sintomas, com a intervenção imediata dos profissionais e os cuidados ao fim de vida, o HC IV está preparado para receber o paciente na Internação Hospitalar.
A abordagem ao paciente e à família é feita por equipe multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos, fonoaudiólogos e farmacêuticos, em atividades diretamente ligadas às necessidades biopsicossociais. Entretanto, administrativos, motoristas, capelães, voluntários e cuidadores também acompanham e apoiam os membros da família e da equipe em prol do bem-estar do paciente.
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