Delegada afirma que vídeo de anestesista estuprador é legal e que ele não é ‘maluco’
'Anestesista tinha discernimento pleno do que fazia', diz Bárbara Lomba
A delegada Bárbara Lomba, responsável pela prisão do anestesista Giovanni Quintella Bezerra por estupro de vulnerável, afirma que ele não é “maluco”, pois tinha plena noção do que fazia ao atacar sexualmente uma parturiente no Hospital da Mulher Heloneida Studart, na Baixada Fluminense. A delegada é titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), de São João de Meriti, no Rio de Janeiro, e disse que a forma como foi produzido o vídeo, que é a principal peça na investigação, é legal.
"Não vou dizer que ele é maluco. Para o direito penal é muito claro, não houve comprometimento do entendimento dele. Para uma pessoa ser inimputável, não basta ter uma doença mental, tem que estar comprovado que a doença comprometeu o entendimento da ilicitude", afirma ela. "Não é o caso. Entendo que ele tinha discernimento pleno da ilicitude. Não vou chamar de doente."
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Entre as prioridades da investigação, Bárbara Lomba afirma que quer ouvir as outras duas mulheres operadas no dia 10 e a própria vítima, a mulher que foi filmada. “Essa é a minha prioridade agora, até por que o caso dela está atrelado à prisão em flagrante. Mas não queremos pressionar, estamos indo com muita cautela, vendo o dia melhor, para não expô-la ainda mais”.
Sobre uma possível argumentação da defesa dizendo que o vídeo do flagrante não seria legal, a delegada afirma que o vídeo “foi gravado em um ambiente público, do serviço público, não um ambiente particular, privado. Foi feito por servidores públicos que participavam daquele procedimento, não foi gravado por terceiros. Não houve ilegalidade nenhuma”.
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