Polícia investiga se outras 20 mulheres foram vítimas de anestesista em outra maternidade

O anestesista já está sendo investigado por 6 casos

Carolina Mota
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A Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de São João de Meriti vai investigar 20 possíveis vítimas do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, no Hospital Estadual da Mãe de Mesquita, onde o médico também dava plantões. O anestesista está preso pelo estupro de uma paciente durante uma cesárea no Rio de Janeiro, e é investigado por seis casos semelhantes. As informações são do O Globo.

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Para a delegada Bárbara Lomba, titular da Deam, o médico “é um criminoso em série” e “sedava as vítimas para cometer os crimes”.

"A gente já sabe que a sedação era desnecessária. Acredito que ele as sedava para cometer o crime. Por conta disso, ele já comete também uma violência obstétrica devido a sedação desnecessária [...] Pela repetição, são ações criminosas que observamos e, pela característica compulsiva das ações dele, podemos dizer que ele é um criminoso em série"

Bárbara conversou por telefone com a vítima que aparece no vídeo, na última quarta-feira (13). A delegada contou, com a ajuda do marido da vítima, sobre o estupro cometido pelo médico anestesista, o que deixou a vítima "indignada, revoltada e chateada", segundo a policial.

Revolta

Após o decreto da prisão preventiva do anestesista, a SEAP o transferiu para o Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, na noite de terça-feira (12). A unidade é destinada a presos que têm nível superior.

Assim que Giovanni chegou ao local, pouco depois das 21h10, detentos começaram a sacudir as grades, vaiar e xingar o anestesista, como protesto. Ele ficará em uma cela isolada na galeria F.

A unidade abriga presos como Jairinho, que aguarda julgamento pelo caso da morte do enteado, Henry Borel; Marcos Cipriano, preso na Operação Calígula, que mirou a exploração ilegal de jogos de azar pelo bicheiro Rogério de Andrade; e Maurício Demétrio, preso acusado de participar de uma organização criminosa que extorquia comerciantes em Petrópolis, na Região Serrana do Rio.

(Carolina Mota, estagiária sob supervisão da coordenadora de política, Keila Ferreira)

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