Caso juíza Monica de Oliveira: relembre casos de juízes mortos no Brasil

Crimes envolvendo juízes já ocorreram outras vezes e alguns causaram grande repercussão nacional; relembre

Karoline Caldeira
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Na manhã desta terça-feira (17), o corpo da juíza Monica Maria Andrade Figueiredo de Oliveira foi deixado na Divisão de Homicídios da Polícia Civil de Belém, no bairro de São Brás. O caso está sendo investigado pela polícia. Mortes envolvendo magistrados já ocorreram outras vezes e alguns causaram grande repercussão nacional.

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Relembre alguns:

Caso no sudoeste do Pará

No dia 19 de novembro de 2009, o juiz substituto João Francisco Domingues Silva, da Vara de Medicilândia, no sudoeste do Pará, foi encontrado morto, com uma perfuração de bala no rosto, no Fórum do município. Ele estava dentro do gabinete, onde também foi encontrada uma arma. 

O juiz tinha 27 anos e foi empossado em agosto de 2008. De acordo com o blog Espaço Aberto, a hipótese de assassinato foi praticamente descartada, já que ninguém foi visto entrando ou saindo do gabinete do juiz. Além disso, investigações preliminares da Polícia Civil descobriram que o magistrado falava ao celular com a esposa momentos antes do ocorrido. Um funcionário teria ouvido quando ele disse que iria se matar, e minutos depois, ouviu-se o disparo.

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No boletim de ocorrência, o juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior afirma que o caso ocorreu em um prédio residencial. Porém, a administração do condomínio afirma que não há registro de entrada ou saída do magistrado. Ele não moraria lá há mais de cinco anos.

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Monica residia em Campina Grande, na Paraíba, e periodicamente vinha ao Pará para visitar o marido

Juíza assassinada na véspera do Natal

A juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, foi morta na frente das três filhas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, no dia 24 de dezembro de 2020. Ela foi assassinada pelo ex-marido, o engenheiro Paulo José Arronenzi.

image A juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, foi morta na frente das três filhas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, no dia 24 de dezembro de 2020. (Reprodução)

De acordo com o laudo cadavérico e depoimento das testemunhas, a juíza foi esfaqueada, caiu no chão e o engenheiro continuou com os golpes. O crime ocorreu quando Viviane foi com as filhas encontrar o ex-marido. As meninas iam passar o Natal com o pai. Ele marcou um ponto de encontro em uma rua pouco movimentada do município. Quando Viviane saiu do carro, levou o primeiro golpe de faca. Ao todo foram 16 facadas e a juíza morreu na hora.

Em junho de 2021, a Justiça do Rio de Janeiro decidiu que o ex-marido iria a júri popular.

Assassinato de advogado juiz-forano no Pará

No dia 18 de julho de 1982, em Marabá, no sudeste Paraense, o advogado juiz-forano, Gabriel Sales Pimenta, foi morto com 3 tiros nas costas pelo pistoleiro Crescêncio Oliveira de Souza. O magistrado era defensor dos direitos dos trabalhadores rurais e humanos.

Nascido em Juiz de Fora, Minas Gerais, Gabriel foi a Marabá para atuar juridicamente na defesa de posseiros que lutavam pelas terras e famílias pobres vítimas de violação de direitos. Por conta das ações do advogado, as ameaças de morte se tornaram constantes.

image Gabriel atuava na defesa de posseiros que lutavam pelas terras e famílias pobres vítimas de violação de direitos (Reprodução / Abrapo)

Pelo crime, três pessoas foram  indiciadas: Manoel Cardoso Neto, "Nelito", José Pereira da Nóbrega, "Marinheiro" e Crescêncio Oliveira de Souza. Outro suspeito de envolvimento no crime, o também pistoleiro Antônio Vieira de Araújo, "Ouriçado", foi assassinado no dia 11 de maio de 1984, antes que prestasse novos esclarecimentos solicitados pelo Ministério Público.

Anos mais tarde, Crescêncio também foi morto em circunstâncias que indicavam a prática de "queima de arquivo". Outra pessoa assassinada foi o "Marinheiro", em 1º de agosto de 1999, em condições ainda não esclarecidas.

(Estagiária Karoline Caldeira, sob supervisão do editor executivo de OLiberal.com, Carlos Fellip)

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