Aquisição de insulina na rede pública de saúde de Belém segue em fase de regularização, diz Sesma

Nesta sexta-feira (26), a Sesma reiterou que a capital paraense segue sem a medicação e aguarda a entrega pelo fornecedor em até 15 dias

Bruna Lima e Gabriel Pires
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A aquisição de novas remessas de insulinas de ação rápida e lenta está em fase de regularização para que o medicamento volte a ser distribuído na unidades de saúde de Belém. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) à reportagem do Grupo Liberal ainda na quarta-feira (24). Nesta sexta-feira (26), a Sesma reiterou que a capital paraense segue sem a medicação e aguarda a entrega pelo fornecedor em até 15 dias.

A Sesma destacou, ainda, que adota uma abordagem preventiva na programação da aquisição de insulinas análogas, tanto de ação rápida quanto de ação lenta, iniciando os processos de compra com mais de seis meses de antecedência.

Além disso, as solicitações de empenho e contrato dos itens são feitas enquanto ainda há estoque suficiente para atender a rede de saúde. No entanto, entre a solicitação dos itens e a entrega, podem surgir várias situações imprevistas, como falta de matéria-prima no mercado, pedidos de reequilíbrio de preços e atrasos na entrega.

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Pacientes da rede pública de saúde estão com dificuldade para receber insulina em Belém. É o caso da mestranda Fernanda Valente Dias Uliana, 29, que também é autônoma, e diz que há 30 dias não recebe o medicamento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Fernanda conta diz que só tem a insulina que recebeu de doações de amigos.

Até esta quinta-feira (26) ela continua afetada pelo problema: "Eu estou sobrevivendo dessa forma. Um frasco de 3ml custa em torno de 100 a 140 reais, a depender da farmácia. Desde 24 de junho, estou sem receber a quantidade que preciso mensalmente. E como é medicação de uso contínuo diário, todos nós que usamos ficamos prejudicados de algum modo. Seja na saúde, seja no financeiro", destaca.

Prejuízo

"Estou tendo certo prejuízo nos índices glicêmicos devido estar usando a insulina que consegui de doação, que não tenho bons resultados com a substância. Mas estou usando porque foi a que consegui. A [insulina] que tenho no momento, que um amigo me doou, não é uma substância eficaz para mim, digamos assim. Mas, como não posso ficar sem usar, estou usando", relata Fernanda.

O recebimento desta medicação é garantido por lei federal, por meio do SUS. De acordo com Fernanda, já é a segunda vez, neste ano, que o fornecimento do medicamento fica irregular. A insulina é de uso contínuo e diário para os diabéticos tipo 1. Sem ela, o portador da doença tem prejuízos de saúde e pode até mesmo ir a óbito.

Na falta do medicamento, a jovem conta que a saúde agrava e corre sérios riscos. Por isso, a necessidade de que a distribuição da insulina seja normalizada: "Sem a insulina, minha saúde fica 'desestabilizada'. Então, eu passo mal, posso precisar ir ao hospital. E sem ela, por dias, eu posso sim vir a óbito", acrescenta Fernanda.

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