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Ato homenageia estudante que morreu atropelado por ônibus na Batista Campos, em Belém

Rosas e balões brancos foram colocados na grade externa do colégio, que tinha decretado luto oficial de três dias pela morte do estudante que era aluno do 1º ano

Saul Anjos
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Familiares, amigos e funcionários do colégio Santa Rosa, onde estudava Kaique de Souza Pinheiro Mesquita, de 16 anos, realizaram nesta terça-feira (3/9), no bairro Batista Campos, em Belém, um ato em homenagem ao jovem que morreu na semana passada após ser atropelado por um ônibus. Rosas e balões brancos foram colocados na grade externa do colégio, que tinha decretado luto oficial de três dias pela morte do estudante e só retomou as atividades nesta terça (3/9), em memória ao adolescente, que era aluno do 1º ano. Também houve orações e aplausos ao adolescente. Nas homenagens feitas ao garoto, uma aluna do 7º ano deixou uma mensagem para ele dentro de um buquê de rosas: “você se foi, mas sua luz continuará a brilhar. Descanse em paz, Kaique”. 

Homenagem a aluno atropelado em Belém

Tio de Kaique, Nil Costa, de 39 anos, que mora em Macapá, capital do Amapá, conta que o sobrinho era querido e amado por todos da família, lamentando profundamente a perda prematura do estudante. Ele conta também que estava preparando uma surpresa de aniversário para Kaique, em novembro. 

"O Kaique foi a pessoa mais incrível que eu conheci. Eu tenho cinco sobrinhos e ele conviveu com a gente quando era criança, bebê, até os cinco anos. Na família, minhas irmãs, todo mundo considerava ele uma pessoa incrível. A gente tinha um anjo nas nossas vidas, pena que a passagem dele foi rápida. Ele ia fazer aniversário em novembro e estávamos programando de fazer uma surpresa para ele. Mas essa tragédia interrompeu esse plano. Agradeço a Deus por ter colocado o Kaique nas nossas vidas. E a gente vai lembrar dele para sempre", disse o tio do estudante.

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Nil também comentou que Kaique era um um garoto esforçado, inteligente. "Eu entrei na casa dele aqui em Belém e o que mais eu via eram livros, apostilas do Enem. Obedecia à mãe e cuidava do irmão, de 6 anos. Como a mãe dele trabalha em hospital e faz plantões, ele costumava arrumar o irmãozinho para ir para a escola e tinha a maior responsabilidade dentro de casa", lembrou Costa. 

"Abalado', diz mãe de um colega de classe de Kaique

Muito emocionada, a mãe de um colega de classe do Kaique, Charlene Belizário, de 42 anos, disse que soube da fatalidade pelo próprio filho, que lhe mandou uma mensagem dizendo que achava que era um amigo da turma dele que tinha sido a vítima do atropelamento. 

"É difícil porque o meu filho, de uma certa forma, ajudou o Kaique. Na hora do acidente, a mochila ficou presa e cortaram e trouxeram para a escola. E aí uma inspetora pediu para ele vir buscar o celular do Kaique. E ele veio, pegou o celular e voltou para o local do acidente, ficou lá o tempo inteiro. Ele está muito em choque, muito abalado, apesar de não ter tanto convívio com o Kaique, eles eram da mesma sala. Como ele disse (filho) é muito difícil chegar ver o lugar do Kaique e ele não estar mais lá", afirmou.

A dor de perder um filho

Adriana Tavares, 48 anos, que tem um filho que estuda no colégio, contou que o momento é muito difícil para ela e todos os amigos e familiares do Kaique, por isso fez questão de participar do ato em solidariedade aos familiares do aluno. 

"A gente que é mãe, sentimos a dor de uma mãe quando ela perde um filho. E a gente pensa que tudo isso podia ser evitado se ele tivesse parado. Então, a gente se coloca no lugar. Eu tenho três filhos, meninos, um estudo aqui no Santa Rosa, e eu me coloco muito no lugar dessa mãe. Eu queria muito dar um abraço nela. E, em ver que o ser humano está tão sem empatia, isso é mais triste ainda. Porque se ele (motorista) tivesse parado, nada disso teria acontecido"*, disse Adriana.

O acidente

Kaique foi atropelado por um ônibus da linha Pedreira-Condor na última sexta-feira (30/8). Testemunhas relataram que o jovem tentou embarcar no coletivo, que seguia pela Rua dos Tamoios. Poucos segundos após dobrar na Travessa dos Apinagés, na Batista Campos, o transporte passou por cima do adolescente, que o seguia correndo. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ainda na sexta (30/8). 

 A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ainda na sexta (30/8). O corpo do estudante foi velado no dia seguinte e sepultado no domingo (1º/8), na Marambaia.  Até o momento, o condutor do ônibus não se apresentou à Polícia Civil, que apura o caso.  Em nota, a PC confirmou nesta terça (3/9) que "o condutor do ônibus ainda não se apresentou em nenhuma unidade policial".

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