Instituto Parceria do Bem promove campanha de esclarecimento sobre o autismo 

O Instituto Parceria do Bem levará à Praça da República, no próximo domingo (6), das 8h às 12h, a campanha "Autismo, onde o mês de abril é referência". O objetivo é informar e incluir o assunto na pauta de debates sociais, uma vez que hoje muita gente ainda desconhece o tema.

Rosangela Lima é presidente do Instituto e explica que a finalidade da campanha é mostrar à população que o autismo não tem cara, não é doença, é uma questão cognitiva. "Eu sou autista, eu já peguei o diagnóstico na fase adulta. Já passei por diversas situações em que as pessoas falam que eu não tenho cara de autista. E até hoje eu não sei qual é a cara do autista", destaca a presidente do Instituto.

Foi por conta desse cenário de desinformação que, em 2016, Rosangela resolveu se engajar na causa. "Era algo que estava me incomodando muito, pois as pessoas enxergam o autista como se fosse um louco, como não tivesse capacidade para realizar suas atividades", explica a presidente do Instituto.

A escolha do tema é justamente para reforçar que o autismo não é uma doença. "Quanto mais informação e esclarecimento, maiores são as possibilidades dos autistas serem incluídos e respeitados pela sociedade. O autista enxerga a vida de uma forma diferenciada. Ele não é materialista, ele é verdadeiro. De um modo geral, a intenção desse trabalho é mostrar a realidade de quem tem esse espectro e sensibilizar as pessoas", destaca Rosangela.

Além da causa autista, Rosangela também atua na causa de violência e abuso sexual, uma vez que sofreu com a violência praticada pelo próprio pai.

Conscientização

O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, 2 de abril, foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2007. Essa data foi escolhida com o intuito de levar informação à população para reduzir a discriminação e o preconceito contra os indivíduos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O autismo é uma condição de saúde caracterizada por desafios em habilidades sociais, comportamentos repetitivos, fala e comunicação não-verbal; entretanto, terapias adequadas a cada caso podem auxiliar essas pessoas a melhorar sua relação com o mundo.