Colônia de férias inclusiva reúne crianças e adolescentes autistas em Belém

A programação começou nesta segunda-feira (15) para usuários do Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea); atividades voltam a ocorrer na quinta-feira (18)

Dilson Pimentel

Promover experiências divertidas e enriquecedoras, por meio de brincadeiras que favorecem o acolhimento e a promoção de bem-estar. Esse é o objetivo da “Colônia de Férias Inclusiva” para crianças e adolescentes atendidos no Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea), em Belém. A programação começou na manhã desta segunda-feira (15), e voltará a ser realizada na próxima quinta-feira (18), das 9 às 17 horas.

A confeiteira Dalva Costa Carneiro, 43 anos, acompanhou o filho, Davi Carneiro da Silva, 15. “É muito importante para o desenvolvimento dele. É um complemento para o tratamento, já que ele está de férias agora”, afirmou. Após participar dessas atividades, Davi se sente bem melhor. “Até pela interação com outras crianças. Ele tem muita dificuldade nessas interações. Então, para ele, interagir já é um grande avanço”, afirmou Dalva.

O marceneiro França Ribeiro, 63 anos, estava com o filho, Arthur Ribeiro, 14. “As atividades aqui todas são bem-vindas. Todas têm ajudado muito o meu filho”, contou. “Ele vai fazer três meses aqui e vejo o desenvolvimento do meu filho”, contou. “É bom pra mim e para ele, que vai levar isso para a vida dele”, afirmou. Arthur estava bem animado e mostrou o quadro que pintou. “Amo desenhar”, contou. Ele disse que “ama todas as crianças autistas do País”.

image O marceneiro França Ribeiro, 63 anos, e seu filho Arthur Ribeiro, 14. (Foto: Igor Mota/O Liberal)

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image A confeiteira Dalva Costa Carneiro, 43 anos, acompanhou o filho, Davi Carneiro da Silva, 15. (Foto: Igor Mota/O Liberal)

Atividades são de acordo com o perfil das crianças

Samilly Batista é coordenadora assistencial do Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea). “A colônia de férias tem uma importância para os nossos usuários, principalmente para a interação social. É um momento de diversão e atividades lúdicas, mas também de atividades terapêuticas”, disse. “É um momento pensado para atividades de acordo com o perfil das crianças assistidas aqui no centro”, contou.

Samilly explicou que, após participar das atividades, as crianças apresentam uma melhora ao interagir com outras pessoas. “A gente consegue perceber que usuários que não realizam terapia no mesmo horário se encontram com outros usuários. Então a gente cria também vínculos de amizade, de interação, de comunicação entre eles”, contou.

Professora de teatro do CIIR, Paula Barros disse que, nas férias, há crianças que ficam o tempo todo em suas respectivas casas. “Então eu penso que principalmente é criar esse momento de interação e de socialização para as crianças, em que elas não só se ocupem, mas também tenham essa força da criação. Que a gente possa cada vez mais fortalecer o livre brincar”, afirmou.

A programação é organizada pelo Setor de Arte e Cultura do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR). A cada dia, em dois turnos, os participantes terão diversas opções de atividades lúdicas em meio aos atendimentos, incluindo saudação ao sol; pintura com textura; jogos teatrais; bolha de sabão e jogos recreativos.

Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento da Unidade Básica de Saúde (UBS), acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez, encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual. O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcDs) visual, física, auditiva e intelectual.

 

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