Caso Yasmin: morte da influencer completa um ano marcado com missa em Belém; vídeo
Na ocasião, os pais de Yasmin comentaram sobre a saudade da filha e disseram o que esperam da audiência de instrução marcada para o dia 17 de janeiro de 2023
Familiares e amigos da influencer e universitária Yasmin Cavaleiro de Macedo compareceram, na noite desta segunda-feira (12), à missa de um ano de falecimento da jovem, realizada na Paróquia da Santíssima Trindade, localizada no bairro de Campina, em Belém. Na ocasião, os pais de Yasmin comentaram sobre a saudade da filha e disseram o que esperam da audiência de instrução marcada para o dia 17 de janeiro de 2023. O ocorrido, que ficou conhecido como Caso Yasmin, ganhou grande repercussão em Belém.
A missa em memória da estudante de medicina veterinária foi presidida pelo padre Joaquim Bizerril, que conversou com a reportagem de O LIBERAL momentos antes de começar a celebração. “Pedimos a Deus que ele possa ser aquilo que nós, humanamente, não conseguimos em um momento desses, que é o conforto dos familiares. Nós queremos com a nossa fé fazer com que esse momento seja de recordação, lembrança e gratidão”, disse o pároco.
O local onde a missa foi realizada era onde Yasmin gostaria de casar um dia, contou bastante emocionado o pai da jovem, Jorge Ricardo Cavaleiro de Macedo. Ele conta que tem sido muito difícil viver sem a filha depois do dia 12 de dezembro de 2021. Após a dor da perda, as lembranças dos bons momentos foram o que ficaram.
“Ela era uma menina sorridente, alegre e brincalhona. Nossas viagens e nossos sonhos, tudo ficou para trás. Eu já tinha aberto um pet shop para ela, que hoje quem toma conta é meu primo porque eu nem consigo entrar lá. Ela ainda chegou a visitar o local, mas estava no início, porque ela ainda ia se formar. Quem dera essa missa de hoje fosse da formatura dela, ou o casamento dela, lugar que ela tanto queria casar, por isso escolhemos este local para a missa”, confidenciou.
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Eliene Cristina Fontes, mãe de Yasmin, disse que passou o dia bastante mal, pois, mesmo depois de um ano, ainda não consegue acreditar que a filha faleceu. Ela diz que tudo ainda parece um “grande pesadelo”, porém tenta acreditar que trata-se de uma vontade de Deus. Sobre a audiência de instrução, marcada para o dia 17 de janeiro de 2023, Eliene espera que os outros envolvidos no caso também possam ser responsabilizados.
“A gente continua esperando por justiça, pois o que foi feito ainda é o mínimo. Nós sabemos que quem tá preso não é a única pessoa que deve ser presa, então precisamos que o pacto de silêncio seja quebrado. Esperamos que a juíza possa abrir a culpabilidade para outras pessoas, que venha a tona coisas que não foram faladas e que a gente consiga saber e entender de fato o que aconteceu naquele dia”, contou a Eliene Fontes.
Relembre o caso
A influenciadora desapareceu na noite do dia 12 de dezembro, durante um passeio de barco pelas águas do rio Maguari, em Belém, onde estavam outras 19 pessoas. Yasmin teria sumido por volta de 22h30, em circunstâncias que ainda não foram esclarecidas em virtude da divergência de informações prestadas pelas testemunhas convocadas a depor. A mãe dela, Eliene Cristina Fontes, declarou que há, pelo menos, três versões do que teria acontecido naquela noite, segundo pessoas que estavam na lancha.
O corpo da jovem foi encontrado às 12h40 de segunda-feira, 13 de dezembro, no distrito de Icoaraci, próximo a uma marina particular, a aproximadamente 11 metros de profundidade. A mãe da influencer declarou ter havido relatos de que Yasmin teria caído. Outro depoimento mencionou que a vítima teria usado a escada da embarcação para urinar e acabou sumindo. Uma terceira versão dá conta de que ela teria mergulhado no rio e desparecido. Durante depoimentos recentes prestados por passageiros, a polícia descobriu que tiros foram disparados na embarcação.
Com a entrega do relatório da Polícia Civil (PC) ao Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) sobre a morte de Yasmin Fontes Cavaleiro de Macêdo, sete pessoas que estavam na lancha - incluindo o dono da embarcação Lucas Magalhães - foram indiciadas no caso. A PCPA informou que Lucas foi detido pelos crimes de homicídio por dolo eventual, fraude processual, porte ilegal de arma de fogo e disparo de arma de fogo.
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