Famílias do Curió-Utinga, em Belém, pedem ajuda após perderem casas em incêndio
Familias perderam tudo o que tinham em um incêndio de grandes proporções na noite do último sábado (26/10)
O cenário é de completa devastação para as famílias do bairro Curió-Utinga, em Belém, que perderam tudo o que tinham em um incêndio de grandes proporções na noite do último sábado (26/10). Moradores da Vila Classe A, uma área modesta de casas de madeira entre as passagens Gaspar Dutra e Augusta, vivem agora o drama de recomeçar do zero. O fogo, que começou por volta das 21h, avançou rapidamente, destruindo oito residências e deixando os moradores sem nada.
Raquel Miranda, 50 anos, é uma das pessoas que vivem o luto e o desespero após o incêndio. Cozinheira, ela morava com o irmão cadeirante em uma casa de dois andares. “Não sei dizer direito como começou. O óleo de uma fritura na casa da vizinha espirrou e o fogo se espalhou em segundos, o botijão também pegou fogo. Quando vi, já não tinha mais para onde correr”, conta ela, ainda em choque com a rapidez das chamas. Raquel estava fora de casa e só soube do incêndio pelo telefone. Desesperada, correu de volta ao local para encontrar o irmão já do lado de fora, resgatado por vizinhos. “Perdemos tudo, documentos, roupas, nosso lar… Mas agradeço a Deus por meu irmão estar vivo. Se os vizinhos não o tivessem tirado, ele estaria morto, pois não pode andar”, disse.
Outro caso dramático é o de Maria da Silva, autônoma de 54 anos, que há 28 anos vive na mesma casa, onde seu filho também tinha um negócio de telagem. Todo o maquinário foi destruído. Maria não estava no local quando o fogo começou e, ao retornar, encontrou apenas cinzas do que um dia foi o lar que construiu ao longo de quase três décadas. “A sensação de perda é total. Ver tudo o que construímos com carinho e esforço ser destruído é devastador. Mas, mesmo com essa dor, tenho fé de que Deus vai nos dar força para reconstruir”, desabafa.
Na manhã deste domingo (27/10), equipes da Defesa Civil do Estado e do Município estiveram no local, realizando o levantamento dos prejuízos e orientando os moradores sobre pontos de apoio. Para quem deseja ajudar as famílias atingidas, doações estão sendo recebidas diretamente na Viela Classe A, além de pontos como o Instituto Magalhães, igrejas e centros comunitários da região.
Em meio ao drama, a solidariedade dos vizinhos e da comunidade traz algum alento às famílias. Mas o pedido por doações é urgente. Até o momento, segundo os moradores, a ajuda ainda não foi suficiente para reverter as perdas. Sem um lugar para morar e com poucos recursos, essas famílias buscam apoio para reconstruir suas vidas.
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