Após avanço da erosão, Ilha do Combu passa a ter monitoramento constante do problema

A Ilha do Combu, em Belém, passará a ter o processo de erosão monitorado constantemente - divulgou, nesta quarta-feira, 2, a Defesa Civil. A decisão decorreu de uma visita de técnicos do órgão, a pedido da própria população, que estiveram em três comunidades da ilha e constataram o aumento da erosão nas encostas. A Defesa prometeu aos moradores a emissão de um laudo técnico que servirá de subsídio para que as famílias consigam acessar os benefícios sociais em caso de necessidade.

O mutirão de vistorias aconteceu em três comunidades ribeirinhas da Ilha do Combú: Paciência, Piriquitacuara e Murutucum. Estiveram no local, além de agentes da Defesa Civil, técnicos da Secretaria de Segurança Pública (Segup) e o diretor da Central de Movimentos Populares Nacional, Paulo Cohen.

Durante a ação, solicitada pelos moradores das três comunidades, mais de 200 residências foram vistoriadas, impactando centenas de famílias, com uma média de três moradores por casa. Uma moradora, que preferiu não se identificar, relatou os riscos enfrentados pelas comunidades:

"Sempre que a maré sobe, as erosões nas encostas aumentam, colocando as casas em risco de desabamento", alertou.

Com base nas vistorias, a Defesa Civil elaborará um laudo técnico, que será encaminhado às famílias afetadas, permitindo que busquem os auxílios necessários. "Além de orientações sobre situações emergenciais, nosso objetivo principal é garantir que essas famílias consigam acessar os benefícios sociais para lidar com qualquer adversidade decorrente dessa situação, por meio do laudo técnico", informou Vitor Magalhães, superintendente da Defesa Civil.

A Ilha do Combú passará a ser monitorada de forma constante, com o intuito de acompanhar o avanço das erosões e implementar soluções preventivas para minimizar os impactos na região, especialmente para os moradores locais.