Pepeka peidou durante o sexo? Entenda o que são flatos vaginais e por que é preciso malhar a vagina
Muito comum na hora do sexo, os flatos vaginais podem acontecer com mulheres de todas as idades. A fisioterapeuta pélvica Ana Gehring explica detalhes sobre a musculatura da vagina.
Muitas mulheres sentem vergonha de admitir que já passaram por alguma situação envolvendo flatos vaginais - aquele barulho que se assemelha a um pum - durante a relação sexual. Geralmente, ele pode ocorrer na hora “H”, durante a troca de posições. Apesar do barulho, esses gases saem da vagina involuntariamente e podem ser um sinal de que a musculatura da região íntima precisa ser exercitada. Entenda o que são flatos vaginais e por que é preciso malhar a vagina:
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Além do sexo, o flato vaginal também pode ocorrer durante alguns exercícios físicos, como abdominais, ou em uma aula de yoga, fazendo algumas posturas que exigem força. A mulher que nunca passou por isso está de parabéns e provavelmente é dona de uma forte musculatura vaginal.
O que são flatos vaginais?
De acordo com a fisioterapeuta pélvica Ana Gehring, criadora do Vagina sem Neura, o “pum” que a vagina solta no momento do sexo se trata apenas de ar que entra durante a relação sexual.
“Flato vaginal é o nome daquele barulho que ocorre quando entra ar no canal vaginal, seja porque a musculatura íntima está enfraquecida e favorece a passagem de ar, seja porque está em uma posição que tem maior abertura, ou ainda na mudança de posição”, explica a fisioterapeuta.
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Flatos vaginais são sinal de doença?
Não. Flatos vaginais não significam que existe uma doença. No entanto, muitas mulheres que possuem esse problema só começam a se preocupar em cuidar da musculatura quando sentem desconforto. De acordo com Ana Gehring, esse enfraquecimento dos músculos da região íntima pode causar dor na hora do sexo.
“O problema não é a vergonha de ter saído barulho de pum durante a relação sexual. A preocupação deve ser em relação ao ar ter entrado. Ele se localiza no fundo e cada vez mais preenche de ar no canal vaginal, gerando desconforto durante a relação”, alerta Ana Gehring.
A especialista ainda ressalta que muitas mulheres chegam a procurar a ginecologista relatando muitas cólicas ou dores sem motivo. Isso pode ser uma consequência da musculatura enfraquecida.
Há idade onde ocorra mais problemas com flatos vaginais?
Não há idade. Segundo a fisioterapeuta pélvica, a flacidez da musculatura pode acontecer até mesmo com mulheres bem jovens.
“Muita gente se espanta com o fato de adolescentes terem flatos vaginais, mas é normal, afinal, a força para evacuar, pular e brincar ao longo da infância pode ter feito pressão no assoalho pélvico. Quando não se trabalha o fortalecimento dessa área, a musculatura fica enfraquecida, o que faz com que a entrada de ar ocorra mais facilmente”, diz Ana.
Ela inclusive destaca que os casos de flatos vaginais devem ser observados com atenção. “Se acontece com muita frequência, não deve ser considerado normal”, alerta.
Quando devo me preocupar com os flatos vaginais?
Apesar de não ser considerado uma doença, os flatos vaginais indicam um enfraquecimento da musculatura, e podem gerar desconforto e dor no fundo do canal vaginal. Se não cuidado, eles ainda podem causar ressecamento, caso a lubrificação da região íntima não esteja boa.
Como exercitar a vagina?
Para tratar os casos de hipertrofia da musculatura vaginal, é preciso realizar exercícios específicos para essa região. “Temos exercícios para deixar a musculatura do canal vaginal mais volumoso, causando um estreitamento do canal. Assim, é possível evitar que o ar entre”. Além de causar prazer para todos os envolvidos, ainda previne que ocorram disfunções perineais.
Com 40 dias de exercícios, já é possível notar melhorias. Mas, mulheres que apresentam flatos vaginais com muita frequência precisam colocar uma carga extra, como:
- halteres vaginais
- cones específicos para a região.
Quais os exercícios para fortalecer a vagina?
Passo 1: sente-se com os joelhos posicionados em 90 graus e faça força, como se estivesse segurando o xixi, por alguns segundos. Durante o movimento, contraia o ânus, vagina e depois relaxe. Experimente contrair por cinco ou dez segundos e então soltar pelo mesmo período de tempo. Faça dez repetições deste exercício pelo menos uma vez por dia.
Importante: não segure o ar ou contraia o abdômen enquanto estiver praticando.
Passo dois: repita o processo do passo 1. Porém, neste momento, faça intervalos de contração e relaxamento mais curtos, com duração de até cinco segundos cada. Repita dez vezes, ao menos, uma vez por dia. Novamente, é importante não segurar o ar ou contrair o abdômen durante o exercício.
Dica: Você também pode praticar essa técnica em outros momentos, como quando tossir ou espirrar. Esse simples treino poderá evitar problemas futuros, como a incontinência urinária.
É possível fazer os exercícios em outras posições, como sentada ou em pé. Quanto mais treino, mais forte ficará a região vaginal e melhores serão os resultados. Para ter um resultado duradouro e eficaz, é preciso praticar os exercícios todos os dias e tornar esse treinamento um hábito. Quem necessitar de um treinamento mais avançado, pode buscar técnicas com pesos ou auxílio de um profissional de saúde.
(Estagiária Maiza Santos, sob supervisão do editor executivo de OLiberal.com, Carlos Fellip)
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