Vereador de Belém relembra passado como fisiculturista com hashtag 'TBT de Milhões'
Mauro Freitas participou de campeonatos, chegando a ganhar um de projeção estadual, mas afirma que havia preconceito: ‘Hoje, o cara põe ‘treino pago’, todo mundo acha bonito’
Na última quinta-feira (12), tradicional dia de TBT (throwback thursday, ou quinta-feira da nostalgia), quando as pessoas publicam fotos antigas nas redes sociais, o vereador de Belém Mauro Freitas (PSDB) surpreendeu seus seguidores ao publicar uma imagem de uma fase de sua vida que poucos conheciam, de quando ele praticava fisiculturismo.
“Sempre fui um apaixonado pelo esporte. Aos 19 anos, cheguei a ser campeão de fisiculturismo. Hoje, à frente da Presidência da Federação Paraense de Desportos Aquáticos, sigo com a mesma garra e determinação de colocar o nosso estado no topo do pódio, sempre. #tbt de milhões hoje”, escreveu, na legenda da foto.
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O parlamentar conta que ficou surpreso com a repercussão da imagem. Até um amigo com quem não falava há muitos anos ligou para falar sobre o assunto. “Encontrei essa foto, passei pro meu assessor, que fez o texto, publicou, chamei a atenção dele por ter publicado, mas foi até legal, porque as pessoas gostaram, foi curiosa”, declarou.
Mauro diz que começou a malhar quando tinha 15 anos e continuou até os 22. “Eu fui atleta. Então, essa fase foi muito bacana. Eu estava até falando com a minha esposa, Alice, que foi uma fase difícil também, porque tinha discriminação. Hoje, o cara põe “treino pago” e todo mundo acha bonito. Na minha época não, a gente não era chamado nem de atleta, era de ferreiro. Quem praticava o esporte que eu praticava, era discriminado”.
Segundo o vereador, o esporte escolhido também não é fácil, pois exige dedicação total. “Eu estudava e malhava, na antiga academia Rithmus, em São Brás. Na época era uma academia de médio porte, estudava no Veja Cruz. Malhava das 17h às 19h ou 21 horas. Foi uma vida de muita de dedicação, disputei alguns campeonatos, ganhei uma Copa Pará. Acho que naquela época não tinha nem federação de fisiculturismo, hoje tem”, declarou. “O que eu acho melhor ainda é que quem estava praticando um esporte não tinha esse negócio de drogas, que naquela época já afetava muitas famílias”.
Para Mauro Freitas, o fato de ter crescido numa área considerada periférica também contribuiu para que entrasse no nesse esporte. “Eu estava até falando da Quadrilha da Juventude do bairro da Marambaia, conhecia minha esposa lá. Porque o cara que é da periferia não tem muitas opções, as opções são cultura local, futebol ou praticar outro esporte e eu escolhi o fisiculturismo”. Ele afirma que, por causa desse envolvimento com o esporte, uma parte do mandato é dedicada a essa área. “Essa veia esportista vem desde a adolescência”.
Porém, Mauro Freitas reconhece que, atualmente, tem dificuldade para voltar a malhar. “Isso acontece com todo mundo. Pessoas que passaram como eu, por um período muito longo de treinamento, a gente meio que estoura e não consegue muito. Eu tento voltar a malhar, aí malho dois meses e largo. Não consigo manter uma rotina de treinamento, não sei se por causa da idade, tenho 50 anos, não tenho mais paciência. Eu preciso malhar, mas tenho uma coisa legal hoje que todos os atletas têm, que eu posso estar parado um ano e se voltar três meses volto 60% do meu físico”, completou.
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