TRE-PA discute filas, falta de energia elétrica e atrasos na votação do primeiro turno das eleições

Problemas tratados em reunião com juízes eleitorais não devem se repetir no dia 30 de outubro

Daleth Oliveira
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Em 15 dias os eleitores voltam às urnas para escolher um candidato à Presidência do País. Dada a importância do pleito, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) se reuniu nesta sexta-feira (14) com todos os juízes eleitorais que atuam na Região Metropolitana de Belém (RMB) visando a melhor andamento do segundo turno, a ser realizado no próximo dia 30.

O encontro teve o objetivo de reforçar orientações gerais acerca do pleito, além de garantir que problemas como atraso no início da votação e demora na identificação por biometria, registrados em algumas zonas eleitorais no primeiro turno, não se repitam. Para o diretor-geral do Tribunal, Felipe Brito, entre todas as ocorrências negativas, a superlotação de seções foi o vilão do dia 1ª de outubro, situação que não deve impactar no segundo turno.

“Por conta da saturação das seções eleitorais, observamos um aumento nas filas. Isso é natural em razão do tempo de votação, pois eram cinco cargos para votar. No Pará, o nosso tempo de votação foi muito alto, cerca de 90 segundos. Esse tempo médio cai para 73 segundos em Belém. Mas acreditamos que essa questão não irá se repetir no segundo turno, pois com apenas um cargo em disputa, a votação vai ser rápida, mais tranquila e sem filas”, destacou Felipe.

Para dar mais agilidade no pleito e diminuir o tempo de votação do paraense, foi destacado aos juízes que a votação deve iniciar às 8h pontualmente. Eles foram orientados também a indicar o uso do polegar na biometria dos eleitores, o que facilita a identificação em uma primeira tentativa.

Falta de energia

Segundo o balanço do TRE-PA, durante a realização do primeiro turno, foi registrada a falta de energia elétrica em 91 locais em todo o Estado, atingindo 308 seções e 28 zonas eleitorais. A presidente do Tribunal, a desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento, disse que a Justiça Eleitoral tem trabalhado junto à Equatorial Energia para que sejam adotadas medidas mais ágeis no segundo turno, quanto ao restabelecimento do fornecimento de energia.

“Esperamos que não tenhamos esse problema no dia 30. No primeiro turno nós tivemos uma reunião com a Equatorial e a empresa disponibilizou um funcionário para lidar com as questões ligadas às eleições com mais urgência. Mas infelizmente tivemos algumas situações que nos preocuparam e em determinadas localizações impactou o andamento do pleito. Diante disso, nós vamos realizar uma segunda reunião com a Equatorial para discutirmos o tempo da solução em casos de queda de energia, para que possamos corrigir esse colapso e não venha impactar de forma nenhuma no dia 30. Importante dizer que nós temos baterias nas nossas urnas. Mas a falta de energia pode atrapalhar o deslocamento do eleitor, bem como o trabalho de mesários, visto que algumas seções ficam escuras sem energia”, explica Luzia Nadja.

Abstenção de votos

Para a desembargadora Luzia Nadja, o maior desafio da Justiça Eleitoral neste momento é combater a abstenção dos votos, que historicamente tende a ser maior em segundo turno. "Geralmente, a abstenção no primeiro turno é de 20 a 25%. Já no segundo turno há uma tendência desse percentual aumentar e as pessoas não comparecerem às urnas para exercer o direito consagrado do voto. Por isso, o TRE vai iniciar campanhas para trabalhar com o eleitorado a importância da participação nessas eleições e evitar que os eleitores faltem no dia 30, afinal todo poder emana do povo”, pontuou.

Ela destaca ainda que quem não votou no primeiro turno pode e deve votar no segundo, visto que o prazo de justificação de voto é de até 60 dias. “O eleitor que não tiver ido ao primeiro turno poderá votar no segundo turno. É importante garantir a justificativa do voto, mas ele pode comparecer ao segundo turno sem qualquer impedimento. O que não pode é deixar de exercer o direito do voto”, finaliza Luzia Nadja.

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