STF autoriza investigação contra Nikolas por chamar Lula de 'ladrão' em evento da ONU
Autorização de abertura de inquérito foi dada pelo ministro Luiz Fux, após solicitação da PF
Atendendo a uma solicitação do Ministério da Justiça, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux autorizou a abertura de um inquérito para investigar se o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) cometeu o crime de injúria contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao chamá-lo de ladrão, em um evento da Organização das Nações Unidas (ONU).
Na decisão desta quarta-feira (10/04) autorizando a investigação, Fuz afirma que "a suspeita de prática criminosa envolvendo Parlamentar Federal contra o Chefe do Poder Executivo demanda esclarecimentos quanto à eventual tipicidade, materialidade e autoria dos fatos imputados”.
Em novembro de 2023, Nikolas disse que Lula é “um ladrão que deveria estar na prisão”, durante a Cúpula Transatlântica, realizada pela ONU. “E isso se encaixa perfeitamente com Greta (Thunberg) e Leonardo Di Caprio, por exemplo, que apoiaram nosso presidente socialista chamado Lula. Um ladrão que deveria estar na prisão”, declarou o parlamentar, na ocasião.
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Em manifestação sobre o pedido de abertura de inquérito, a Procuradoria-Geral da República, que se manifestou a favor da investigação, avaliou que o vídeo com as declarações do parlamentar demonstram "a possível prática do crime de injúria contra o Presidente da República, em virtude da qualificação atribuída ao ofendido”.
Em suas redes sociais, Nikolas falou sobre a abertura do inquérito, em publicação em inglês e português. Para ele, a investigação demonstra “o quanto está ameaçada a liberdade de expressão no Brasil - incluindo a do deputado mais votado do país que possui imunidade parlamentar pela Constituição”.
“Imagine como vai ser com um simples cidadão brasileiro, que não pode chamar um político condenado em três instâncias de ladrão e envolvido até o pescoço em casos de corrupção. Hoje sou eu, amanhã é você”, declarou.
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