Senadores paraenses divergem sobre proibição de 'saidinhas'

A proposta de acabar com a prática foi aprovada por unanimidade pela Comissão de Segurança Pública do Senado Federal ontem. Beto Faro (PT) e Zequinha Marinho (Podemos) falaram com O Liberal

Igor Wilson
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A proposta de acabar com a prática da "saidinha" de detentos em regime semiaberto em período de feriados foi aprovada por unanimidade pela Comissão de Segurança Pública do Senado Federal ontem, no início do retorno das atividades parlamentares em Brasília. O projeto de lei segue agora para avaliação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, se aprovado, será submetido à votação no Plenário do Senado.

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Os senadores paraenses Beto Faro (PT) e Zequinha Marinho (Podemos) falaram com a reportagem de O Liberal sobre o tema, considerado como sensível politicamente. Beto Faro criticou o tratamento dado pela oposição ao assunto, mas não cravou como irá votar caso o projeto vá para votação no Plenário. O senador paraense promete seguir a posição do Partido dos Trabalhadores, legenda que mantém resistência à proibição das saídas temporárias de detentos, pauta discutida há pelo menos dez anos no Congresso.

“Como o projeto passou apenas pela Comissão nesta terça-feira, vamos estudar melhor a proposta e seguir o trabalho de entendimento com o partido. Não podemos tratar este assunto tão sensível de forma acelerada como os proponentes sempre procuram fazer. Nossa assessoria técnica estará dando uma atenção maior ao projeto nos próximos dias”, comentou.

Já o senador Zequinha Marinho vai ao encontro da posição adotada por Flávio Bolsonaro (PL), relator da proposta, prometendo votar à favor da proibição. Para o parlamentar paraense, que nos últimos anos inclinou sua postura junto do bolsonarismo, a aprovação do projeto é da vontade da maioria dos brasileiros, lembrando o número de detentos paraenses que não retornam das chamadas saidinhas.

“Esse projeto é uma resposta à sociedade, que tem clamado por mais segurança. Veja, no Pará, na última saidinha de Natal, 10% dos presos que receberam esse benefício não retornaram às prisões. E isso tem sido uma constante. É urgente que o Congresso tome uma decisão ágil e eficaz a fim de resolver esse problema e combater a violência em nossas cidades", disse o senador.

A Redação Integrada de O Liberal tentou contato com o senador Jader Barbalho, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. O espaço segue aberto.

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