Senador Jader Barbalho afirma que licença para o derrocamento do Pedral do Lourenço foi concedida

Em entrevista exclusiva ao Grupo Liberal, parlamentar declarou que início das obras está previsto para 2024

Emilly Melo
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Em entrevista exclusiva ao Grupo Liberal, nesta terça-feira (24), o senador pelo Pará Jader Barbalho (MDB) afirmou que a licença ambiental para o derrocamento do Pedral do Lourenço já foi concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a previsão é que as obras comecem no início de 2024.

“Há duas semanas, me reuni, em Brasília, com o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Fabricio de Oliveira Galvão, que me informou que o Ibama já concedeu a licença ambiental para o derrocamento do Pedral do Lourenço”, declarou o senador.

Barbalho pontua as inúmeras tentativas, sem sucesso, para a licitação de retirada dos pedregulhos que cortam o leito do rio Tocantins, no município de Itupiranga, entre Marabá e Tucuruí — que emergem durante o período de estiagem e impedem a navegação neste trecho do sudeste paraense. Além disso, o parlamentar reafirma o potencial de integração da região para o setor hidroviário brasileiro, sobretudo, colocando o Estado do Pará em foco no desenvolvimento econômico gerado pelo escoamento da produção pelos portos paraenses, em especial o de Barcarena, que é um dos pontos brasileiros mais próximos da Europa e dos Estados Unidos.

“Põe em prática a política de integração regional e faz com que o Centro-Oeste fique integrado com o Norte por uma via de escoamento. O rio é uma via democrática, porque os portos serão implantados ao longo da hidrovia, tornando-se um sistema rodofluvial. E, historicamente, temos um dado, que é o sucesso da interação dos Estados Unidos com o Mississipi e Missouri, que fez com que se atravesse do Atlântico para o Pacífico e vice-versa”, avalia Jader.

Jader Barbalho destaca que a derrocagem do Pedral do Lourenço, que é uma formação rochosa de 43 km de extensão, vai garantir um aproveitamento melhor das eclusas de Tucuruí e repercutirá positivamente para a economia do Estado, além de gerar mais eficiência para o setor produtivo, principalmente após a instalação da Ferrogrão, via férrea que pretende interligar o Porto de Miritituba, no Pará, ao município de Sinop, no Mato Grosso.

“Com as obras, o Araguaia teria um porto de escoamento a 100 km de Brasília, com toda a repercussão no Centro-Oeste, que é o maior produtor de grãos, com a produção sendo escoada por via fluvial, que é mais barata e não precisa de manutenção como a rodoviária. Com a implantação da Ferrogrão, vai haver ainda maior integração, concretizando a potencialidade do Norte, especialmente do Pará”, enfatiza o senador.

Segundo ele, essa é uma oportunidade para o Arco Norte assumir um protagonismo frente ao porto de Santos, além de favorecer o setor mineral e energético do Pará e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico local.

“Por muito tempo, o escoamento para a Europa, Estados Unidos e África tem sido feito atravessando toda a costa brasileira. Agora, há uma oportunidade de se alterar isso em favor do Brasil, e particularmente do Pará, que é a maior província mineral e hidroenergética e será a maior potência portuária. Deve-se lembrar ainda da potencialidade energética com a exploração da margem equatorial; então, há toda essa conjugação que leva à perspectiva do desenvolvimento, geração de renda, e desenvolvimento social”, conclui Jader Barbalho.

O Dnit informou ao Grupo Liberal, no dia 26 de setembro deste ano, que estava em fase de licenciamento ambiental para poder dar início às obras de derrocamento do Pedral do Lourenço. No entanto, a emissão da licença de instalação é de responsabilidade do Ibama. Procurados pela reportagem, o Dnit e Ibama não se manifestaram. 

O Pedral do Lourenço tem sido um obstáculo para a navegação no sudeste do Pará e representa uma das principais demandas do setor hidroviário brasileiro, especialmente na região Norte. Para viabilizar a navegação durante todo o ano, são necessárias obras de dragagem, que envolvem a remoção de material solto do leito do rio, e derrocagem, que consiste na escavação das rochas para aumentar a profundidade.

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