Santarém e Marituba acham cedo para fim da emergência de saúde pública da Covid-19
Conselhos Nacionais de Saúde pediram o prazo de 90 dias para revogar o fim da emergência pública da Covid-19 no país
As prefeituras dos municípios de Santarém, no oeste do Pará, e Marituba, localizados na região Metropolitana de Belém, consideram o momento ainda incerto para o fim da emergência de saúde pública da Covid-19, anunciada no último domingo (17) pelo Ministério da Saúde. Já na segunda-feira (18), o ministro Marcelo Queiroga teria informado o prazo de 30 a 90 dias para a revogação das medidas que caracterizavam a emergência de saúde pública.
Preocupados com esse cenário, os conselhos nacionais de saúde pediram que fosse determinado o prazo máximo para a mudança (três meses), visto que as medidas adotadas no país nos últimos dois anos facilitavam a contratação de profissionais e a compra de insumos como vacinas e medicamentos, além de permitir o descumprimento de normas de responsabilidade fiscal, por exemplo.
Para o chefe do Executivo de Santarém, Nélio Aguiar, também presidente da Federação das Associações de Municípios do Estado do Pará (Famep), defende que o prazo para a transição seja maior e diz que, inclusive, a entidade está elaborando um documento para encaminhar para o Ministério da Saúde em Brasília.
“A administração pública é lenta, é morosa e na saúde tudo é urgente. Onde temos prazos, então, isso não pode ser interrompido de uma hora pra outra, pegando os estados e municípios de surpresa, desprevenidos. Para sairmos de uma situação dessa de emergência é necessário que ocorra um planejamento para retomarmos a normalidade e enfrentar toda a burocracia da administração pública que é exigida”, declarou.
Por meio de nota, a prefeitura de Marituba informou que apesar da realidade atual, com relação ao avanço da vacinação contra a Covid-19 e aos baixos registros de pessoas positivadas ou mesmo internadas com o coronavírus, é importante cautela com relação ao fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) determinada por conta da Covid-19, uma vez que a pandemia contra o coronavírus ainda não acabou, podendo ser possível um novo alerta a respeito de uma nova variante.
“A prefeitura informa que continuará mantendo o mesmo número de profissionais de saúde atuantes com o propósito de salvar vidas e manterá a compra de insumos em quantidade necessária para suprir as necessidades do município”, declarou a prefeitura, em nota.
No oeste do Pará, a prefeitura de Juruti informou que ainda não tem posição oficial sobre o assunto. Também na mesma região, o Executivo de Óbidos foi procurado, mas ainda não emitiu nota a respeito da mudança.
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou que monitora os indicadores epidemiológicos, o avanço na vacinação e a solicitação de leitos de internação, para poder definir melhor o cenário.
A reportagem do Grupo Liberal procurou, ainda, a prefeitura de Belém, e dos municípios de Alenquer,
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