Rússia tem ‘direito de espernear’, diz Mourão sobre tensão com Ucrânia
Vice-presidente afirma que viagem de Bolsonaro não é endosso aos russos
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse que a viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Moscou, marcada para meados de fevereiro, não é um endosso à posição dos russos na tensão na fronteira com a Ucrânia. Para Mourão, os russos têm o "direito de espernear" sobre a influência da Otan na região. As informações são da Agência Estado.
Desde 2014, Rússia impõe pressão elevada sobre e Ucrânia, quando o Kremlin anexou a região da Crimeia. Agora, os russos colocaram mais de 100 mil homens próximo à fronteira da Ucrânia, mas dizem que se tata de exercícios militares apenas.
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"A Rússia considera aquela região do Leste Europeu uma zona de influência. No momento em que há avanço da Otan daquela região, ela faz seu direito de espernear", disse o vice-presidente nesta segunda-feira, 31, a jornalistas no Palácio do Planalto.
O vice-presidente disse que o Brasil não se envolve no conflito, mas admite que a viagem de Bolsonaro neste momento pode gerar críticas. "Depende da interpretação que cada um vai querer colocar. Nós estamos afastados nesse conflito. Há pressões de outros países que estão mais envolvidos. Mas vamos lembrar: o Brasil faz parte de um grupo com a Rússia, os Brics, além de nós termos parceria. É um país importante para negócios e não podemos abrir mão disso aí", declarou.
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