Ucrânia defende vigilância com Rússia; ministros da Alemanha e França vão a Kiev

Nações acompanham com preocupação o aumento da tensão entre os dois países e buscam soluções que impeçam uma invasão russa ao país vizinho

Agência Estado
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O ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, defendeu, neste sábado (29), a importância dos países ocidentais se manterem atentos em meio à escalada de tensões entre o país e a vizinha Rússia. Ele informou ainda que receberá em Kiev os ministros de Relações Exteriores da França e da Alemanha para debater o tema no início da semana.

"Jean-Yves Le Drian (ministro francês) e eu concordamos que é importante permanecer vigilantes e firmes diante da Rússia, trabalhando em soluções diplomáticas", publicou Kuleba no Twitter após conversar por telefone com o representante da França. O ministro ucraniano disse ainda estar ansioso para se reunir com Drian e Annalena Baerbock, da Alemanha.

"Hoje assegurei a Dmytro Kuleba nosso total apoio e solidariedade à Ucrânia. Nossa mobilização continua para a redução das tensões. Irei para lá nos dias 7 e 8 de fevereiro com Baerbock", publicou o ministro francês também no Twitter. Na mesma linha, a represente alemã reforçou o compromisso com a "inviolabilidade e solidariedade da Ucrânia com seu povo".

Tensão militar

Ontem, o chefe de estado-maior americano, Mark Milley, classificou como "terrível" uma possível invasão russa à Ucrânia. "Seria significativo e resultaria em uma quantidade relevante de baixas", complementou. A Rússia reúne atualmente cerca de 100 mil soldados perto da Ucrânia. Ainda na sexta-feira o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, informou que planeja enviar forças para a Europa Oriental em um futuro próximo, em meio a crescentes temores de uma possível invasão russa da Ucrânia.

Enquanto isso, Viktor Vodolatsky, integrante do parlamento russo afirmou, neste sábado, que os moradoras das áreas controladas pelos rebeldes ucranianos e que possuem passaportes russos seriam bem vindos às forças armadas do país, conforme noticiou a Associated Press. "Se os cidadãos russos que residem nesses territórios quiserem se juntar às Forças Armadas Russas, o comissariado militar regional de Rostov os registrará", disse o vice-presidente do comitê parlamentar de relações países vizinhos.

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