Receita cancela leilão de joias dadas pela Arábia Saudita a Bolsonaro e Michele
Objetos podem servir como prova contra casal Bolsonaro
Depois de passarem mais de um ano em poder da alfândega, os brincos, o anel e o relógio da marca Chopard, avaliados em € 3 milhões (ou R$ 16,5 milhões), que foram dados pelo regime da Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, seriam oferecidos em leilão de itens apreendidos pela Receita Federal por sonegação de impostos. Porém, a inclusão dos objetivos no leilão foi suspensa porque as joias passaram a ser enquadradas como prova contra o casal Bolsonaro de possíveis crimes, entre eles descaminho, peculato e lavagem de dinheiro.
As peças foram retidas no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no 26 de outubro de 2021. Elas estavam na mochila do militar Marcos André Soeiro, assessor do então ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, que esteve no Oriente Médio em comitiva oficial de uma viagem iniciada dias antes. Soeiro tentou entrar no Brasil sem declará-las, descumprindo a legislação.
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Houve oito tentativas frustradas do ex-chefe do Executivo de recuperar os itens. O ministro da Justiça, Flávio Dino, informou que a Polícia Federal será acionada para investigar o caso. Segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o Ministério da Fazenda também apura o ocorrido.
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