Procuradoria-Geral da República pede inquérito contra Magno Malta por ofensas a Vini Jr.
Senador criticou as reações em defesa do jogador
“Cadê os defensores da causa animal que não defendem o macaco?”. O questionamento foi feito pelo senador Magno Malta (PL-ES), ao comentar o episódio de racismo que envolveu o jogador brasileiro Vinícius Jr., durante jogo do Real Madrid, time do qual faz parte, contra o Valência, pela Liga Espanhola.
Por causa dessa e de outras falas do parlamentar criticando a irritação das pessoas que sairam em defesa do jogador, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para investigar Magno Malta (PL-ES) por ofensas contra Vini Jr.
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A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo. O pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, se baseia nas falas do senador durante sessão da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, na terça-feira (23).
Malta criticou as cobranças por Justiça, das pessoas que se posicionaram em favor de Vinicius Junior: “Então, é o seguinte: cadê os defensores da causa animal que não defendem o macaco?", disse o parlamentar.
"O macaco está exposto. Vejam quanta hipocrisia. E o macaco é inteligente, está bem pertinho do homem, a única diferença é o rabo”, declarou Malta durante a reunião da comissão no Senado.
Malta ainda disse que a mídia repercutiu o caso de racismo contra Vinicius Junior para ganhar audiência. “Revitimizando-o, porque o assunto dá Ibope para eles ganharem mais patrocinadores. É uma descaração isso”, argumentou.
O caso
O brasileiro Vinicius Junior, atacante do Real Madrid, estava em campo durante a partida contra o Valencia, pela 35ª rodada da La Liga, o Campeonato Espanhol. No segundo tempo do jogo, torcedores passaram a chamar o jogador brasileiro de “mono”, macaco, em espanhol.
O jogador brasileiro então se dirigiu à arquibancada para confrontar torcedores que proferiram as ofensas racistas. O caso ganhou grande repercussão nas mídias brasileira e internacional.
O presidente da La Liga, Javier Tebas, primeiramente insinuou que o jogador tentou manipular as informações para manchar a imagem da competição. Na quarta-feira (24), Tebas pediu desculpas ao atleta brasileiro.
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